Mato Grosso do Sul é um dos estados que vão turbinar a produção de energia a partir da biomassa nos próximos anos. A meta brasileira é aumentar a participação da energia produzida com bagaço da cana-de-açúcar na matriz energética para 14% até 2020. Para isso, é preciso sair dos atuais 1,8 mil MegaWatts (3%) para 13,1 mil MegaWatts (MW). Desse modo, a energia limpa encostará no óleo diesel como fonte de eletricidade.
Segundo relatório da Associação da Indústria de Co-geração de Energia (Cogen), que terá informações apresentadas no Canasul 2010, em agosto, em Campo Grande, o Estado tem sete indústrias cadastradas no Programa Bioeletricidade 2011-2020. É o segundo maior número do País, abaixo do líder São Paulo, com 32 empreendimentos do total de 62.
O programa é um esforço para promover ajustes fiscais e administrativos no setor bionergético, além de facilitar financiamentos. De acordo com o estudo, comandado pelo vice-presidente da Cogen, Carlos Silvestrin, um dos palestrantes do Canasul, a capacidade instalada de geração de bioenergia no Brasil deve saltar de 112 mil MW para 167 MW, em 2020.
Matéria-prima não vai faltar para dar fôlego à geração de bioenergia. O estudo aponta tendência de crescimento na produção de cana, que deve sair dos 685 milhões de toneladas, em 2010, para 1,1 bilhão, em 2019. Na transformação, são usados 75% de bagaço e 50% da palha da cana.
O Canasul 2010, nos dias 16 e 17 de agosto, será no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.
O evento é realizado pela Comissão Técnica de Bionergia da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), com promoção do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção e Turismo (Seprotur); Associação dos Produtores de Bionergia de MS (Biosul) e Federação das Indústrias de MS (Fiems).
Sato Comunicação