
Transporte público de Campo Grande enfrenta problema de financiamento – Foto: Paulo Ribas
O atraso de mais de R$ 9 milhões no subsídio ao transporte coletivo de Campo Grande deve-se a bloqueios no Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais (Cauc) do Tesouro Nacional e no Cadastro de Inadimplentes da União (Cadin).
O atraso na entrega da prestação de contas de um convênio de repasse de recursos para a Casa da Mulher Brasileira, apurou o Correio do Estado, deixou o município de Campo Grande irregular perante o poder público federal, deixando sua situação positiva no Cadin.
Para além disso, uma dívida de R$ 117 milhões cobrada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGGN), que deixou a cidade inadimplente desde o início de outubro, é outro agravante para que o município fique impedido de receber transferências de outros entes públicos, inclusive de alguns repasses, além de contratar financiamentos e empréstimos.
O “nome sujo” de Campo Grande vinha passando despercebido até o Consórcio Guaicurus, que também enfrenta problemas financeiros, chegar muito perto do colapso.
A atividade da consórcio de quatro empresas que opera o transporte público de Campo Grande passou a ficar dependente do subsídio do poder público, que ajuda a bancar o sistema, comprando as viagens dos estudantes das redes públicas estadual e municipal.
O atraso no repasse do município, somado ao atrasse no repasse feito ao governo de Mato Grosso do Sul, que não é feito de forma direta, mais primeiramente ao município e depois ao Consórcio Guaicurus, fez com que o alerta fosse ligado nesta semana.
Alegando falta de recursos, o Consórcio Guaicurus não pagou o adiantamento salarial (vale) dos motoristas, na última quarta-feira (22). Ato contínuo, o atraso no pagamento dos subsídios foi exposto.
O Correio do Estado apurou que neste intervalo, a prefeitura de Campo Grande pagou parte de seu subsídio que estava em atraso.
O dinheiro, porém, parece ser apenas um respiro para o Consórcio, que está perto do colapso financeiro.

