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Aumento na mistura de etanol na gasolina é aprovado e preço das bombas deve cair

Medida busca fortalecer a segurança energética, reduzir preços e ampliar exportações de biocombustíveis

por Redacao
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Medida deve reduzir preços e reforçar transição energética – Foto: Freepik

A partir de 1º de agosto, a gasolina vendida no Brasil terá um novo percentual de etanol anidro: 30%. A decisão, aprovada nesta quarta-feira (25) pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), também aumenta a mistura de biodiesel no diesel comum de 14% para 15%. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a medida deve trazer benefícios econômicos, ambientais e energéticos, além de posicionar o Brasil como exportador de etanol, com excedente estimado em 700 milhões de litros ao ano.

Segundo o ministro Alexandre Silveira (PSD), a elevação no uso de biocombustíveis reforça a transição energética brasileira e reduz a dependência externa em tempos de instabilidade internacional. O Ministério estima uma queda de até R$ 0,11 por litro no preço da gasolina C, o que pode representar uma economia anual de até R$ 1.800 para motoristas de carros leves. Para o diesel, a economia estimada é de R$ 960 ao ano para os veículos pesados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da reunião do CNPE e criticou o abandono das políticas de biocombustíveis em governos anteriores. Ele destacou o papel estratégico do etanol e do biodiesel, que aproveitam o potencial agrícola nacional para impulsionar energia limpa sem comprometer a segurança alimentar. “Essa política é um modelo que não vai permitir competição com o Brasil”, afirmou Lula.

A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) comemorou a decisão, destacando que a medida promove investimentos estimados em R$ 200 bilhões, impulsiona a economia verde, reduz emissões de gases de efeito estufa e traz estabilidade à cadeia produtiva. “É um passo decisivo para a soberania energética do país”, disse a entidade em nota.

Além disso, o governo considera a elevação da mistura como estratégia para conter oscilações de preços causadas por conflitos geopolíticos, como a atual tensão entre Irã e Israel. O secretário de Petróleo e Gás, Pietro Mendes, afirmou que o etanol, mesmo com tributação, é mais barato que a gasolina A, contribuindo para a queda de preços ao consumidor.

Mesmo com alguma resistência da Petrobras, técnicos do governo afirmam que a implementação das novas proporções deve ocorrer sem entraves e de forma rápida.

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