
O incremento médio do desmatamento no Pantanal sul-mato-grossense subiu de 37.465 hectares, entre 2009 e 2015, para 48.264 hectares, entre 2016 e 2021, alta de 28,8% – Foto: Reprodução
O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para apurar as medidas adotadas pelo Governo Federal para evitar danos ao Pantanal de Mato Grosso do Sul em decorrência de desmatamentos. A portaria que instaurou o procedimento determina que sejam oficiados o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Ibama para que informem sobre a atuação dos órgãos na preservação do Pantanal.
O assunto já passa por apuração pelo Ministério Público do estado, que investiga a omissão do Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul) em avaliar os impactos dos desmatamentos, autorizados ou não, alta de 28,8% nos últimso cinco anos.
“O incremento médio do desmatamento no Pantanal sul-mato-grossense testemunhou um avanço de 37.465 hectares, entre 2009 e 2015, para 48.264 hectares, entre 2016 e 2021 (alta de 28,8%), com o maior valor da série histórica sendo registrado em 2021, quando atingiu 74.765 hectares e representou 90,7% do desmatamento ocorrido no bioma (em 2021, foram desmatados 7.682 hectares no Pantanal situado no estado de Mato Grosso)”, aponta a nota técnica do ministério comandado por Marina Silva, com data de 3 de agosto e à qual o Correio do Estado teve acesso.
Cabe destacar que o Governo do Estado publicou na última quarta-feira (16), um decreto que “suspende a concessão de licença ou de autorização de supressão vegetal para uso alternativo do solo na Área de Uso Restrito da Planície Pantaneira e do Bioma Pantanal”. A medida vale, inclusive, para os pedidos que ainda estavam sob análise mas que não haviam sido aprovados.