O Festival de Inverno de Bonito, já consolidado como um dos maiores do Centro-Oeste, busca promover a integração entre natureza e expressões artísticas.
Mas além de seu caráter sociocultural e preocupação com o ambiente, o evento contribui para o desenvolvimento econômico de Bonito e região. O turismo aumenta. Hotéis e restaurantes lotam. O comércio ganha fôlego antes do início da baixa temporada.
“O município arrecadou nesse período cerca de R$ 6 milhões. Recurso amplamente socializado, distribuído principalmente entre a cadeia produtiva”, disse o secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Augusto Barbosa Mariano.
Ainda segundo o secretário, “o Festival é, sem dúvida, o maior evento sociocultural do calendário de atividades de Bonito, tanto em público quanto na geração de emprego e renda para a cidade”.
Integrante das atrações do próprio festival, uma feira ajudou a alavancar a movimentação financeira: o Mercado Mundo Mix, que contou com a presença de artistas de vários lugares do Brasil e seus produtos criativos, de diferentes estilos.
O espaço multicultural atraiu inúmeros turistas com a oferta de artesanatos, roupas, produtos feitos com material reciclado, entre outros. Sempre animado com performances de DJs e bandas.
Dentre os 20 expositores do Mercado Mundo Mix, destaque para os trabalhos da ONG Brazil Bonito. Organização que reaproveita o lixo para criar bolsas, sacolas, almofadas, bloco de anotações e decoração em geral.
Segundo a coordenadora do Projeto Estamparia Brazil Bonito, Cláudia Cabral de Menezes, o público se mostrou muito interessado na confecção dos produtos e sobre a reutilização e reciclagem de materiais descartados.
O comportamento esperado pelos organizadores foi conquistado. Turistas que passavam pelos estandes não levavam apenas mercadorias. “Explicamos os projetos que realizamos na organização e passamos informações sobre a preservação do meio ambiente”, explica Cláudia.
De acordo com a ONG, os cinco dias de festival equivaleram a 15 dias normais no que diz respeito às vendas. “Os produtos que mais se destacaram foram os blocos de anotação, chaveiros, ímãs de geladeira e as sacolas retornáveis”, conta Cláudia, acrescentando que o capital arrecadado é repassado para os projetos de geração de renda, e à compra de materiais.