As políticas públicas implantadas ao longo da administração do governador André Puccinelli voltadas à população indígena tem produzido resultados em termos de melhoria da qualidade de vida, novas perspectivas de inserção no mercado de trabalho e oportunidade para tornar as comunidades auto-sustentáveis, com programas de fortalecimento da agricultura de subsistência. “A proposta é ir além do mero assistencialismo que sempre foi a tônica das políticas públicas voltadas para os índios”, observa o governador.
Garantir boas condições de moradia para as comunidades foi um dos desafios que o governo tomou a decisão de enfrentar. Nos primeiros três anos e seis meses de governo foram investidos em parceria com o Governo Federal, R$ 19,6 milhões para a construção de 1.420 casas populares em comunidades indígenas de 13 municípios. Já supera o que se investiu em oito anos (entre 1999 e 2006) quando foram construídas 975 casas, ao custo de R$ 12 milhões.
“Eu sonhava com uma casa porque morava num barraco de lona que entrava água todas as vezes que chovia. Estou muito feliz porque agora minha vida vai mudar. A gente vê como o governo está apoiando os indígenas”, comentou a beneficiária da etnia Kaiowá, Aparecida Lopes, de 43 anos, da aldeia em Amambaí, onde o Governo entregou 172 casas, com investimento de R$ 3,1 milhões.
Facilitar o acesso à educação para as comunidades indígenas foi outra preocupação do Governo. Já são 18.971 alunos de diferentes etnias freqüentando a rede pública de ensino, um crescimento de 52,72%. O Estado investiu R$ 12,4 milhões para construir e equipar 11 escolas indígenas, com material didático na língua das comunidades. As escolas beneficiaram comunidades em Caarapó (aldeia Te´y Kuê), Amambai (aldeia Amambai), Laguna Caarapã (aldeia Guaimbé) e Japorã (aldeia Porto Lindo); Aquidauana (aldeias Lagoinha, Bananal e Limão Verde), Amambai (aldeia Amambai), Dourados (aldeia Jaguapirú), Miranda (aldeia Cachoeirinha) e Nioaque (aldeia Brejão).
Para lideranças e estudantes da Aldeia Limão Verde, ter uma escola de ensino médio dentro da aldeia é a concretização de um sonho e um estímulo à educação.“Graças a Deus que existem pessoas que se esforçam em levar benefícios para as aldeias do Estado. O governador tem pouca fala e muita ação nas aldeias. Muita gente fala que gosta dos índios, mas não faz nada. E nisso o governo está sendo diferente”, comemora.
Líder de uma comunidade de 400 famílias, o cacique não tem duvidas que a moderna escola, com sala de informática, vai dar muito mais condições de estudo aos alunos, e aumentar a autoestima e a vontade de estudar. “Os pais também estão mais interessados no estudo das crianças depois de ver o esforço do governo para que os jovens estudem”.
Jovens como Valdenilson Samaniego, 18 anos, chega a lamentar que já esteja no último ano do ensino médio e vai aproveitar da nova escola só a etapa final de seus estudos. O rapaz já planeja ir para Campo Grande fazer faculdade no próximo ano. “E os próximos alunos vão ter mais comodidade, com uma escola melhor, mais bonita, com mais estrutura”, ele diz.
Com a mesma idade, Alfredo Francisco Caetano terá ainda um ano de estudos para vivenciar na nova escola e já se sente mais estimulado para frequentar as aulas. “Era um sonho de toda a nossa comunidade. A gente sofria com as salas de aula apertadas, sem ventilador”, compara, lembrando das antigas instalações que servia ao ensino dos jovens e crianças da aldeia. A meta de Alfredo é terminar o ensino médio na aldeia e depois cursar faculdade de Matemática ou Química.
Reformulado em 2007 pelo governo do Estado, o Bolsa Universidade Indígena tem como objetivo criar oportunidades para melhorar a formação acadêmica e a aplicação do conhecimento no fortalecimento da cultura indígena. Através de um apoio financeiro mensal de R$ 346,00 (vale transporte incluído), 120 bolsistas conciliarão este ano os estudos na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul com programas de estágios de doze horas semanais voltados para o desenvolvimento social.
Políticas púbicas para a comunidade indígena
- Cesta alimentar -= 14.329 cestas/mês
- Vale Universidade – 120 acadêmicos indígenas
- Construção de 11 escolas indígenas – investimento de R$ 12,4 milhões
- 68 patrulhas mecanizadas (distribuição de sementes, óleo diesel, kit horta e kit pomar)
- Construção de 1.420 casas – R$ 19,6 milhões