A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, avaliou, em entrevista à rádio “Jovem Pan”, como positivo os 9% de intenções de votos e a terceira colocação na disputa à Presidência, apontados na quarta-feira (23) pela pesquisa CNI/Ibope.
Segundo o levantamento, Dilma Rousseff (PT) lidera pela primeira vez a corrida presidencial, com 40% das intenções de voto. José Serra (PSDB) tem 35%.
Para Marina, iniciar uma campanha com este índice sendo a última a entrar na disputa é um bom começo. “Espero melhorar com a possibilidade de exposição maior na mídia e campanha nos Estados.”
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A candidata disse que as novas mídias têm um papel importante para ajudar a compensar o pouco tempo disponível na propaganda eleitoral na televisão. Segundo ela, o seu partido não fez “coligações a qualquer custo e preço com outros partidos” para ganhar mais minutos de exposição.
Marina também considera a internet uma força importante na arrecadação do dinheiro de financiamento da campanha. Ela reiterou que “muitos doando pouco” vão somar no que precisa para fazer a campanha.
Novamente, a candidata afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não precisa de um “continuador”, e sim de um “sucessor”.
Drogas
Para Marina, não se pode simplificar o debate sobre as drogas. Segundo a candidata, é fundamental uma atitude correta de combate ao tráfico com ações de prevenção voltadas para inteligência.
Ela disse também que o problema com as drogas não deve ser tratado como moral, mas, sim, social. “Os usuários de drogas precisam de apoio e acolhimento”, disse.
Ambiente
A candidata voltou a criticar a construção da usina de Belo Monte, que deve ser instalada na bacia do rio Xingu, no Pará.
Para Marina, o país precisa continuar a investir no uso de energia renovável limpa, como a eólica, solar e a produzida através do bagaço da cana.
“O desperdício do não uso do bagaço da cana daria para gerar energia de duas usinas de Belmonte”, disse.