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Festival lava a alma e celebrar a criatividade cultural de MS

por Redacao
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Curta Campo Grande trouxe inovações, informações e incentivo ao fortalecimento qualificado da arte – Foto Dafne Alana

Idealizado e dirigido pelo cineasta Dannon Lacerda, a segunda edição do Festival de Cinema Curta Campo Grande fez no período de 11 a 15 deste mês um oferecimento gratuito de prazeres artístico-culturais à população, com os sabores da riqueza e da criatividade de produção regional. Foram cinco dias históricos de motivação e fortalecimento da sétima arte, chancelada pelo protagonismo guaicuru e legitimada pelos olhares universalistas dos participantes que fizeram da Casa da Cultura e outros espaços ambientes garantidores dessas manifestações.

Com curadoria de Carol Doria e Bianca Machado na produção, a realização da Corixo Produções contou com investimentos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) e Governo Federal (Ministério da Cultura) e execução da Prefeitura de Campo Grande (Fundação Municipal de Cultura). Perfilam-se no apoio e parcerias o governo estadual (Fundação de Turismo e Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura), a Paradiso Multiplica, Aliança Francesa, Capivas Cervejaria, TransCine – Cinema em Trânsito e Projeto Paradiso.

Além das mostras competitivas, o festival teve sessões na Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado, exibição da Directors’ Factory Ceará Brasil (um programa de formação profissional de jovens realizadores), laboratórios de projetos de curta-metragem, uma palestra com Ailton Franco sobre “Distribuição e Internacionalização de Curtas”, a Mostrinha (para crianças) e a sessão acessível (curtametragens com legendas, audiodescrição e outras medidas de acessibilidade). Sessões do Panorama do Novo Cinema Francês, encontro com realizadores e shows de Begét de Lucena e Luciana Fischer completaram o núcleo de atrações.

ECO POSITIVO – Os debates e sessões concorridas, oficinas formativas e encontros fixaram interesses que continuarão ecoando nos próximos projetos, Para os organizadores, o festival fechou a segunda edição reafirmando o seu papel no cenário nacional: ser uma janela para a diversidade brasileira, fortalecendo o audiovisual de Mato Grosso do Sul e edificando novos realizadores e públicos. “O barato do festival é que ele não é só meu, da Bianca e da Carol. É de todos nós”, exulta o premiado cineasta Dannon Lacerda, sulmatogrossense de Guia Lopes da Laguna.

Os organizadores capricharam na programação, escolhendo temas de debates contemporâneos e convidados especiais, como a Aula Magna de Direção Cinematográfica com o cineasta Fernando Coimbra. Diretor do premiado “O Lobo Atrás da Porta” e responsável por episódios da série “Narcos”, ele aplaudiu o protagonismo dos agentes culturais locais.  Pedro Miyoshi, diretor do documentário “Campo Cênico”, vencedor do prêmio de Melhor Curta Documentário pelo júri popular, o festival teve um significado profundo: “Ganhar aqui é simbólico. Nosso filme é sobre fazer teatro em Campo Grande, sobre ocupar espaços. O festival reuniu gente do Brasil inteiro, teve debates, trocas, encontros. Cinema não é só o que está na tela, é também o que a gente vive junto e isso foi muito importante”, frisou Miyoshi. A realizadora Amala, que saiu do festival com portas abertas para dirigir seu primeiro curta, também realçou o grande impacto da experiência.

MADE IN MS – A noite de encerramento também foi marcada pela celebração da produção sul-mato-grossense. A Última Porteira, de Rodrigo Rezende, levou dois prêmios: Melhor Ator (Tero Queiroz) e Melhor Curta de Ficção de MS pelo júri popular. Emocionado com o prêmio, Tero ressaltou o impacto da iniciativa:

“Ter um festival dedicado ao curta aqui no Centro-Oeste é a chance de mostrar nossas produções e valorizar as histórias que, muitas vezes, ficam engavetadas por falta de janelas. O festival forma público crítico e ativo, necessário para o futuro das artes em nossa capital. Receber esse reconhecimento aqui é muito simbólico”.

Premiados da 2ª edição do Festival Curta Campo Grande com o Troféu Tuiuiú

JÚRI POPULAR
Melhor curta de ficção nacional: Fruta Frizz, de Kauan Okuma Bueno (SP)
Melhor curta de ficção MS: A Última Porteira, de Rodrigo Rezende (MS)
Melhor curta documentário: Campo Cênico, de Pedro Miyoshi (MS)

JÚRI TÉCNICO
Melhor curta de ficção nacional: Boiúna, de Adriana de Faria (PA)
Melhor curta de ficção MS: Sebastian, de Cainã Siqueira (MS)
Melhor direção: Boiúna, Adriana de Faria (PA)
Melhor atuação: Tero Queiroz, em A Última Porteira (MS)
Melhor roteiro: Linda do Rosário, de Vladimir Seixas (RJ)
Melhor fotografia: Arame Farpado, de Renato Hojda (SP)
Melhor arte: Cavalo Marinho, Sérgio Silveira (PE)
Melhor som: Boiúna, Lucas Coelho (PA)
Melhor montagem: Cardo, de Allan Riggs e Guilherme Suman (RS)
Melhor curta documentário: Koi e o Rio, de Ricardo Pieretti Câmara e Maurício Copetti (MS)

MENÇÕES HONROSAS
Breno Moroni, pelo conjunto da obra
A Palavra, de DF Fiuza (BA)
Jardim de Pedra, de Daphyne Schiffer e Rodrigo da Silva Rezende (MS)
Laboratório de Projetos de Curta-Metragem
Melhor projeto: O roxo mais sombrio, de Paulo Taveira (MS)

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