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Grilagem de terras causa dano de mais de R$ 220 milhões no Pantanal

Queimadas no Pantanal eram ‘apenas’ o começo de esquema de grilagem, diz PF

por Redacao
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PF mira grupo que frauda regularização de terras no Pantanal – Divulgação/PF

Após a primeira fase da Operação Prometeu, em setembro de 2024, a PF (Polícia Federal) começou a desvendar como agia a organização criminosa na grilagem de terras no Pantanal. A segunda parte da ação foi deflagrada nesta terça-feira (7).

O grupo investigado ocupa e explora ilegalmente terras da União. Assim, utiliza servidores públicos para a regularização fraudulenta das áreas. A investigação apontou mais de 6,4 mil hectares queimados para a criação de gado no Pantanal.

Conforme a Polícia Federal, a primeira fase revelou que os incêndios e desmatamentos eram a etapa inicial de um esquema de grilagem. As buscam ainda apontam para a existência de pelo menos 2,1 mil cabeças de gado.

Assim, nesta nova fase da Prometeu, a ação mirou em servidores públicos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e de um órgão municipal de Corumbá — que fraudavam a regularização da terra.

Eles estariam emitindo documentos para legalizar as áreas invadidas, mediante pagamento. A prefeitura pode afastar os alvos da operação, que também apreendeu dois veículos.

Incêndios no Pantanal deixaram dano de mais de R$ 220 milhões em Corumbá

Durante as investigações dos incêndios ocorridos em 2024, os dados coletados revelaram que a área queimada é alvo reiterado deste tipo de crime ambiental e, posteriormente, alvo também de grilagem das áreas.

A ocupação irregular de área, que já totaliza 6.419,72 hectares, estava sendo utilizada para exploração econômica por meio da pecuária. A PF estima a criação de mais de 7,2 mil animais nas áreas da União, em todo o período investigado.

Prometeu

A operação policial foi batizada com o nome Prometeu, pela histórica má utilização do fogo nas pastagens do bioma Pantanal pelo homem, como incentivo à pecuária e avanço sobre o Pantanal.

Prometeu faz a alusão ao personagem da mitologia grega visto como uma divindade que roubou o fogo dos deuses gregos e entregou à humanidade, fazendo mau uso deste, e, por isso, foi castigado por Zeus.

Grilagem de terra

Então, com base nos elementos colhidos pela PF, a AGU (Advocacia-Geral da União) solicitou o bloqueio de R$ 212 milhões do patrimônio dos investigados e uma condenação de R$ 725 milhões por danos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de incêndio, desmatamento, grilagem de terra, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e também por associação criminosa. Fonte: Midiamaxuol

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