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Documentários de Mara Silvestre no programa de Feira Bioceânica de Livros, no Paraguai

por Redacao
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As riquezas culturais mantidas pelos povos da Rota Bioceânica (via Brasil, Paraguai, Argentina e Chile) são preservadas a duras penas e com singulares demonstrações de apego e respeito às identidades de cada lugar. O folclore, as tradições e costumes, produzidos por manifestações de ambientes devocionais, laborais, familiares, de entretenimento e até de conflitos, revelam a incrível diversidade e a notável capacidade criativa das gentes alinhadas ao longo desse corredor de integração continental.

Estas realidades, únicas, estão sendo resgatadas, conservadas e valorizadas por iniciativas apaixonadas pela cultura latino-americana, como no caso da cineasta porto-murtinhense Mara Silvestre. Ela enfiou numa bagagem de coragem, conceito e compromisso histórico a ideia de retratar, resgatando, a saga do Toro Candil. Não tem sido fáci. Todavia, a documentarista, pesquisadora, roteirista e produtora visual conseguiu a façanha de dar a uma festa de origem religiosa o pleno alcance popular, ao contar esta instigante história em uma série de curta-metragens.

Documentários de Mara Silvestre no programa de Feira Bioceânica de Livros, no Paraguai
Mara Silvestre: documentários de resgate na Rota Bioceânica

“Os Mascaritas” e “Pelota Tatá”, documentários que compõem a trilogia do Toro Candil – obra cuja propriedade jurídica e intelectual é de Mara Silvestre – estão incluídos no programa da Feira Bioceânica de Libros – Chaco, marcada para 30 e 31 de outubro e 1º de novembro, em Carmelo Peralta, no Paraguai. A cidade é fronteiriça com Porto Murtinho e ambas escrevem, com um festival de rua, uma história que nasceu na Espanha, a terra das touradas, e chegou à fronteira Brasil-Paraguai para ganhar nova indumentária motivacional, sem apologia à violência.

Mascaritas e a pelota tatá são personagens e brincadeiras lúdicas que fazem das máscaras e das bolas (pelotas) de fogo peças coloridas de uma divertida engrenagem teatral. O festival é assim, movimentado pelas devoções cristãs – simbolizadas no culto à Virgem de Caacupê – e laços de uma democrática e inventiva reverência à amizade entre os povos e à natureza, focalizada na impoência do Rio Paraguai, o corredor fluvial da prociessão de Nossa Senhora.

“Os Mascaritas” e “Pelota Tatá”, documentários que compõem a trilogia do Toro Candil – obra cuja propriedade jurídica e intelectual é de Mara Silvestre – estão incluídos no programa da Feira Bioceânica de Libros – Chaco, marcada para 30 e 31 de outubro e 1º de novembro, em Carmelo Peralta, no Paraguai. A cidade é fronteiriça com Porto Murtinho e ambas escrevem, com um festival de rua, uma história que nasceu na Espanha, a terra das touradas, e chegou à fronteira Brasil-Paraguai para ganhar nova indumentária motivacional, sem apologia à violência.

Mascaritas e a pelota tatá são personagens e brincadeiras lúdicas que fazem das máscaras e das bolas (pelotas) de fogo peças coloridas de uma divertida engrenagem teatral. O festival é assim, movimentado pelas devoções cristãs – simbolizadas no culto à Virgem de Caacupê – e laços de uma democrática e inventiva reverência à amizade entre os povos e à natureza, focalizada na impoência do Rio Paraguai, o corredor fluvial da prociessão de Nossa Senhora.

Cartaz da Feira Biooceânica de Livros-Chaco 2025 em Carmelo Peralta, no Paraguai – Foto: Reprodução

Conexão cultural

Segundo Mara Silvestre, a Feria Bioceánica de Libros [grafia em espanhol, a língua dominante na região latina] não é apenas uma feira literária. “Trata-se de um encontro cultural binacional e regional, que conecta Brasil, Paraguai, Argentina e Chile por meio da cultura e da literatura, e espelha os laços de integração da Rota Bioceânica”, diz. “O evento em Carmelo Peralta é simbólico, por tratar-se de uma área de união entre os oceanos Atlântico e Pacífico através da Rota”, acrescenta a cineasta.

A presença de obras audiovisuais – como os documentários de Mara, chancelados por sua plataforma, a ÁguaComTV – amplia o diálogo entre literatura, tradição oral e expressão visual, transformando a feira em um espaço interdisciplinar de cultura bioceânica. Mara enfatiza também que os documentários retratam uma das manifestações culturais mais vivas e identitárias do Chaco e da fronteira.

Ela se refere às celebrações populares da “Pelota Tata” (Bola de Fogo) e “Los Mascaritas”, nas quais as comunidades se reúnem em torno de performances com máscaras, fogo e música tradicional. Durante a feira, o documentário pode ser exibido como parte das atividades culturais paralelas: rodas de conversa, debates sobre cultura viva, cinema e identidade bioceânica.

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