Personagens da orla conhecem o projeto filosofia depraia – Foto: Divulgação
O Leme se prepara para mais uma manhã de boas ideias e brisa do mar. No sábado, 25 de outubro, às 11h, o quiosque Espaço A recebe a nova edição do projeto Filosofia na Praia, uma iniciativa de Jerônimo Moscado com apoio da Orla Rio, que vem encantando a orla carioca com encontros que unem literatura, filosofia e troca de experiências sob o sol.
Nesta edição, o tema será “Domingos Olímpio: Festejado e Discriminado”, apresentado por Lúcio Alcântara. A conversa propõe um mergulho na obra e na trajetória do escritor cearense, autor de Luzia-Homem, um dos clássicos da literatura brasileira que abordou com sensibilidade e coragem as desigualdades sociais e a força das mulheres nordestinas.
Com 161 edições realizadas, o projeto Filosofia na Praia, organizado pela Universidade Livre do Leme (ULL), consolidou-se como um dos movimentos culturais mais inspiradores da cidade. A proposta é simples e poderosa: levar o pensamento para a praia e transformar o espaço público em um ambiente de reflexão e aprendizado. As rodas funcionam como uma espécie de terapia coletiva à beira-mar, onde curiosos, acadêmicos e banhistas dividem o mesmo horizonte, o do conhecimento.
E se o mar inspira novas ideias, a literatura também sopra bons ventos. No dia 29 de outubro, será comemorado o Dia Nacional do Livro, uma data que combina perfeitamente com o espírito do projeto. O Filosofia na Praia já tem duas edições publicadas em livro, mostrando que os debates não ficam só na areia: viram registro, memória e incentivo à leitura.
A orla carioca segue sendo o palco ideal para esse tipo de encontro. Deixou de ser apenas um lugar de passagem para se firmar como um dos principais destinos culturais da cidade, abrigando eventos que unem arte, pensamento e convivência. E é nesse cenário que o projeto, com o apoio da Orla Rio, reafirma o papel da praia como espaço de diálogo e inspiração.
O evento terá transmissão ao vivo pelo Facebook e YouTube, para quem quiser acompanhar de longe, mas ainda sentir a energia do Leme. Porque, no fim das contas, pensar o mundo diante do mar é um privilégio que só o Rio sabe oferecer.