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SES monitora avanço dos acidentes com escorpioões e reforça atendimento em MS

por Redacao
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Ação educativa sã feitas pela  SES sobre o risco de animais peçonhentos – Foto: Divulgação

Embora a maioria dos acidentes seja de baixa gravidade, o perfil dos casos mais severos acende o alerta: 60% dos registros graves envolvem crianças menores de 10 anos.

“Infelizmente, já tivemos a perda de duas crianças recentemente, o que reforça a importância de mantermos a vigilância ativa e o apoio técnico aos municípios durante este período crítico. Estamos constantemente reforçando a estrutura da rede hospitalar com a disponibilização do soro antiescorpiônico, que está disponível em unidades de referência de todas as regiões, garantindo atendimento rápido e adequado em casos graves”, destaca Karyston Adriel, coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental da SES.

Soro em 67 cidades

Atualmente, o soro antiescorpiônico está disponível em unidades hospitalares de 67 municípios sul-mato-grossenses, preparado para atendimento de casos moderados e graves.

A rede inclui hospitais estratégicos como o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, além de unidades em cidades com alta incidência, como Três Lagoas, Corumbá e Dourados. Confira a lista completa das unidades clicando aqui.

A SES mantém ainda canais como o Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), que oferece orientações técnicas à população e aos profissionais de saúde em casos de acidentes com animais peçonhentos.

Monitoramento contínuo e informação técnica

O acompanhamento dos casos é feito pela Vigilância em Saúde Ambiental, com base em notificações do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Além dos escorpiões, o órgão também observa o comportamento sazonal de outros animais peçonhentos, como cobras e abelhas, que também intensificam sua atividade nos meses mais quentes.

“Aqui no Mato Grosso do Sul, temos dois tipos principais de escorpião-amarelo. Um deles é menos perigoso, mas o outro — o Tityus serrulatus — pode causar acidentes graves e até levar a óbito, especialmente em crianças. O Estado trabalha com um modelo de vigilância contínua e descentralizada. É importante entender que não é possível erradicar a população de escorpiões, mas podemos reduzir os riscos por meio da educação ambiental e de práticas preventivas simples”, completa Isaías Pinheiro.

Dentre as práticas recomendadas, estão:

  • Manter camas afastadas das paredes;
  • Não deixar cobertores encostando no chão;
  • Verificar lençóis, embaixo das camas e roupas antes de usá-las;
  • Fechar bem os ralos e tampar pias e tanques;
  • Evitar o acúmulo de entulho e materiais que possam servir de abrigo;
  • Controlar a presença de baratas, que são alimento para escorpiões — o que pode ser feito com dedetização periódica (a cada 3 a 6 meses).

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