
Ministra do Planejamento Simone Tebet , governador Eduardo Riedel, deputado Antônio Vaz e Ministro de Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho – Foto: Reprodução
Durante o anúncio do início das obras de ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Campo Grande pela operadora aeroportuária espanhola Aena, na manhã de ontem, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, projetou que dentro de 60 dias deve ser oficializada a federação do MDB com o Republicanos.
“As conversas entre o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, e o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, estão bem adiantadas, mas é um processo lento e de amadurecimento que pode ou não acontecer. Entretanto, não vai sair antes de 60 dias”, declarou a ministra.
Simone Tebet ainda comentou que o fato de não ter avançado a federação do PSDB com o Podemos possibilitará que os tucanos também possam participar das negociações entre MDB e Republicanos.
“A princípio, o fato de o PSDB ter suspendido as negociações para incorporar o Podemos faz com que a gente também volte a ter a expectativa de poder conversar com o partido, que sempre foi um aliado”, ressaltou.
Ela ainda reforçou que o PSDB sempre será uma opção de aliança com o MDB.
“Não só pelos demais tucanos, mas especialmente pelo governador Eduardo Riedel [PSDB]”, assegurou.
A ministra informou que o MDB ainda não tinha procurado o PSDB para conversar porque estava respeitando o luto simbólico de uma semana do anúncio feito sobre o fim da união partidária com o Podemos.
“Então, vamos aguardar, acho que uns 60 dias, que serão de fortes emoções, especialmente para vocês que gostam de fazer a cobertura política”, brincou.
Candidatura
Simone Tebet ainda falou sobre a chance de sair candidata a senadora nas eleições do próximo ano.
“Eu acho que está um pouquinho longe do processo eleitoral. Hoje o meu papel é servir a Mato Grosso do Sul servindo ao Brasil. Não é pouca coisa hoje cuidar de todo o Orçamento brasileiro e, diante de todas as dificuldades, quero continuar ajudando Mato Grosso do Sul”, afirmou.
Ela assegurou que, se tiver de ficar até o dia 31 de dezembro de 2026 e for importante para Mato Grosso do Sul, ficará no cargo de ministra.
“Se eu tiver de servir ao Brasil cumprindo alguma missão, com alguma candidatura, eu vou conversar com o presidente Lula, com o governador Riedel e com o meu partido”, avisou.
Além disso, para a ministra, “o mais importante é conversar com as pessoas olhando nos olhos delas, tirando os extremos de um lado e de outro, e ver o que elas querem”.
“E se eu ainda tenho condições de contribuir como mulher, como mãe, como professora e como advogada para o Estado”, assegurou.
Simone ressaltou que já tem 30 anos de carreira política e conseguiu uma certa independência financeira, portanto, poderá escolher estar onde Mato Grosso do Sul precisar dela.
“Eu sirvo a Mato Grosso do Sul independentemente de mandato”, garantiu.
A ministra recordou que foi para uma candidatura à Presidência da República sabendo que tinha de cumprir outra missão e que não seria eleita porque o País estava polarizado.
“Portanto, eu estava pronta para não ter mandato eletivo e, hoje, estou na mesma posição, pois, como ministra, eu estou pronta para servir a Mato Grosso do Sul da forma que entender ser o melhor para o nosso estado. Agora, eu não tenho dúvida de que eu fiz a melhor opção, porque, se não estivesse como ministra do Planejamento e Orçamento, muitos desses investimentos federais conquistados pelo Estado não teriam vindo”, analisou.
Ela acrescentou que o fato de estar no Ministério do Planejamento e Orçamento e de saber o quanto isso pode ajudar Mato Grosso do Sul a faz pensar duas vezes se deve ou não sair em abril do próximo ano para disputar um cargo eletivo.
“Ou seja, se é importante para o Estado eu ficar até 31 de dezembro de 2026 ou não. Então, vamos aguardar até outubro deste ano. Até lá, eu terei uma posição”, avisou.
Domicílio eleitoral
A ministra ainda comentou sobre os comentários de que mudaria seu domicílio eleitoral para o estado de São Paulo para sair candidata ao Senado por lá, em decorrência de Mato Grosso do Sul ser muito bolsonarista.
“Meu estado é Mato Grosso do Sul, não há a menor possibilidade de trocar de domicílio. Na política, você precisa ter lado. E, quando você tem lado e tem postura, as pessoas, no mínimo, reconhecem. Ela pode não gostar, mas ela se reconhece. E o fato de ter lado, de ter posturas firmes e de mostrar o que a gente acredita me ajudou a aparecer bem nas pesquisas de intenções de votos para senadora”, pontuou.
Ela citou que a pesquisa qualitativa lhe colocou como um dos melhores nomes, no sentido de credibilidade.
“Isso não tem preço, independentemente de ganhar uma eleição, de ter 1 voto ou ter 10 votos ou, ainda, de ter 1 milhão de votos. A credibilidade na vida da gente é o que vale, é o que me permite andar de cabeça erguida”, afirmou.
A ministra ainda recordou do fato de ter sido vaiada durante cerimônia de celebração em Três Lagoas, cidade em que foi prefeita.
“Uns vão aplaudir, outros vão apoiar, outros vão criticar, outros vão elogiar. Isso faz parte do processo, e isso é importante. Então, estou extremamente satisfeita e até surpresa com os resultados das pesquisas qualitativas que eu tenho visto”, revelou.
Simone Tebet concluiu que o bom desempenho nas pesquisas é um reconhecimento do eleitor de que está cumprindo o seu papel por Mato Grosso do Sul.
“Eu amo o meu estado e estou o servindo da melhor forma possível. Isso já me basta”, concluiu a ministra. Fonte: Correio do Estado