
Segundo o delegado, funcionária teve seu corpo incendiado por quem seria seu colega de trabalho “em razão de desavenças que existiam entre eles” – Foto: Reprodução/Divulgação
Morta após ser carbonizada no Pantanal de MS por Lourenço Xavier, de 54 anos, o feminicídio de Eliane Guanes, de 59 anos, foi explicado na manhã deste domingo pelo delegado Jean Castro, da 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá.
Longe aproximadamente 357 quilômetros de Campo Grande, como bem acompanhou o Correio do Estado, o caso aconteceu em uma fazenda na região de Nhecolândia, no Pantanal de Corumbá, com a morte de Eliane confirmada por volta de 23h30 de sexta-feira (09).
Conforme repassado hoje (08), pela Polícia Civil à imprensa, o delegado confirmou a dinâmica dos eventos que levaram à morte de 15ª mulher vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul.
Por volta de 14h, segundo o delegado, a funcionária teve seu corpo incendiado por quem seria seu colega de trabalho “em razão de desavenças que existiam entre eles”.
Com auxílio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), a Polícia Civil foi até o local do crime para o devido exame pericial e ouvir algumas testemunhas.
“Uma delas relatou que a vítima estava sentada, [Xavier] chegou por trás e jogou combustível sobre ela. A vítima teria saído correndo e ela saiu perseguindo”, conta o delegado Jean Castro.
Ainda conforme o delegado, a testemunha confessou que até tentou segurar o criminoso antes que perseguisse a vítima, tentando agarrá-lo pelo cinto, sendo que Xavier se desvencilhou e acabou alcançando Eliane.
Ateando fogo na vítima, Lourenço Xavier, que tem passagens por furto, porte legal de arma de fogo e também por violência doméstica, foi preso e seguirá à disposição da Justiça.
A vítima chegou a ser encaminhada até a Santa Casa, em Campo Grande, porém não resistiu aos ferimentos causados pelas queimaduras.
Feminicídios de 2025
Com a confirmação da morte de Eliane, esta foi a 15ª vítima de feminicídio no ano em Mato Grosso do Sul, sendo que pela ordem cronológica, o primeiro caso de 2025 foi o de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos.
Já o segundo feminicídio deste ano no Estado foi a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.
Juliana Domingues, 28 anos | morta com golpes de foice em 18 de fevereiro
Mirieli Santos, 26 anos | assassinada a tiros em 22 de fevereiro
Emiliana Mendes, 65 anos | morta por esganamento em 23 de fevereiro
Giseli Cristina Oliskowiski | morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho em 1º de março
Alessandra da Silva Arruda – facada
Ivone Barbosa da Costa Nantes | morta a golpes de faca na região da nuca pelas mãos do então namorado em 17 de abril
Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos | achado de corpo após desaparecimento
Simone da Silva, de 35 anos | morta a tiros por William Megaioli, filho do homem com quem supostamente se relacionava
Olizandra Vera Cano – 11 º facada
Graciane de Sousa Silva – 12 º espancamento
Vanessa Eugênia e Sophie Eugênia – 13º e 14 º enforcamento Fonte: Correio do Estado