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Show da Buena Vista Tribute Band envolve plateia no Festival América do Sul

por Redacao
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Buena Vista Tribute Band é formado por músicos de Cuba, Argentina, Uruguai, Venezuela, Paraguai e Brasil – Foto: Aureo Audi/Gazeta do Pantanal

O palco principal do Festival América do Sul se transformou em uma viagem no tempo na noite de sábado, com a apresentação da Buena Vista Tribute Band, que emocionou o público ao revisitar os sons tradicionais de Cuba com paixão, técnica e respeito. O show foi uma celebração viva da história musical do país caribenho.

O Buena Vista Social Club é um símbolo eterno da alma musical de Cuba, um eco nostálgico dos tempos áureos de Havana, quando os clubes noturnos vibravam ao som de charangas, danzones e guajiras. Originalmente, o Buena Vista Social Club foi uma sociedade de negros localizada no bairro de Buenavista, em Havana. Fundado em 1932, o clube operava como um espaço recreativo para trabalhadores afro-cubanos, oferecendo música, dança e encontros sociais em um contexto de segregação racial.

Seu legado se transformou em lenda ao redor do mundo nos anos 1990, com o resgate de sua história pelo guitarrista Ry Cooder e músicos como Compay Segundo, Rubén González e Ibrahim Ferrer, nomes que, ao lado de Omara Portuondo e Elíades Ochoa, fizeram o mundo se apaixonar pela musicalidade única da ilha caribenha. O documentário dirigido por Wim Wenders eternizou essa história, relembrando uma geração de músicos que, com talento puro e muita emoção, resgataram o espírito de uma Cuba que parecia esquecida.

O Buena Vista Social Club Tribute Band trouxe ao palco, em Corumbá, toda essa grandiosidade. Formado por músicos de Cuba, Argentina, Uruguai, Venezuela, Paraguai e Brasil, o grupo tem como eixo central a família Ferrer, nome diretamente ligado ao Buena Vista original. Fernando Ferrer, cantor e percussionista nascido em Santiago de Cuba e sobrinho de Ibrahim Ferrer, é um dos guardiões desse legado. Ao lado dos filhos, o pianista e arranjador Hanser e Fernando Jr., saxofonista e cantor, eles mantêm acesa a chama da tradição musical cubana que conquistou o mundo.

Mais do que reviver clássicos, a banda celebra a história de resistência, talento e emoção desses músicos. Fernando Ferrer destacou a responsabilidade e o respeito que cercam o projeto e também da herança familiar que carrega: “Falar de Ibrahim é falar de um caminho que ele abriu para nós. Ele e os músicos do Buena Vista original deixaram um legado que nos permite estar aqui hoje, tocando no Brasil. O Buena Vista Social Club é uma entidade. A gente tem que fazer essa homenagem muito bem feita, com respeito”, pontuou.

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