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70% das UPAS de Campo Grande estão com mais de 100% dos leitos ocupados

por Redacao
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Sete das dez Unidades de Pronto Atendimento (UPA) estão com capacidade de leitos ocupados acima do total – Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Com a crise em Campo Grande de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e o avanço de demais doenças respiratórias, sete das dez Unidades de Pronto Atendimento (UPA) estão com capacidade de leitos ocupados acima do total, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU).

Na UPA localizada no bairro Coronel Antonino, a disponibilidade é de 30 leitos. Porém, há 43 pessoas em ocupação, o que coloca a Unidade em superlotação, estando 10 pacientes em uso de oxigênio.

No bairro Universitário, são 18 leitos para internação. Porém, a ocupação é de 29 pacientes, também classificando a unidade de atendimento como nível IV de ocupação, com mais de 100% dos leitos utilizados.

Já no Jardim Leblon, a UPA está com 28 internações, em um ambiente que comporta apenas 24 leitos. A mesma situação acontece no bairro Moreninha, onde a capacidade é para 22 internações e estão ocupados 28 leitos.

Mesmo com os altos índices de internação, apenas quatro UPAS da capital dispõem da realização de raio-x, necessário para o acompanhamento da extensão da síndrome nos pulmões. O serviço está disponibilizado somente nas Unidades dos bairros Moreninha, Tiradentes, Coronel Antonino e Universitário, sendo os dois últimos os bairros com situação mais crítica em relação à superlotação na Unidade de Urgência.

Situação de emergência

Campo Grande está em situação de emergência na saúde desde o dia 26 de abril de 2025 e pelo período de 90 dias, inicialmente, devido ao avanço nos casos de síndromes respiratórias e a atual falta de leitos nos hospitais da Capital.

Na ocasião, a secretária de saúde Rosana Leite disse que os casos estão aumentando “significativamente e os leitos já estão lotados. A maioria dos casos são graves e o tempo de internação é grande, o que dificulta a rotatividade de leitos”.

Medidas de urgência já estão sendo adotadas na capital, como a liberação de vacina para todos os públicos em todas as unidades de saúde, a obrigatoriedade da utilização de máscaras dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas UPAs.

De acordo com o último boletim da Fiocruz divulgado na última quinta-feira (15) coloca o estado de Mato Grosso do Sul em um nível de alerta e classificação de alto risco para a incidência de SRAG, além de identificar uma tendência de crescimento de longo prazo nos casos registrados em todo o estado.

Na capital, o número de casos também é acima do esperado, porém apresenta uma estabilidade nas últimas semanas. Porém, a falta de leitos afeta a rotatividade, fazendo com que novos casos não tenham espaço para atendimento.

Até a 18ª semana epidemiológica, o estado já registrou 2.708 casos de SRAG e 203 mortes em decorrência da doença. Dentre esses casos, 586 foram confirmados para Influenza, resultando em 68 mortes entre os pacientes hospitalizados.

Vacinação

Desde o início da campanha de vacinação, em 24 de março, mais de 410 mil doses da vacina contra Influenza foram aplicadas em Mato Grosso do Sul, o que coloca o estado com a melhor cobertura vacinal do país, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

A vacina está disponível para toda a população do estado com idade a partir de 6 meses de idade e a secretaria de saúde reforça que ela é “segura e eficaz”.

Apesar da boa adesão geral, a cobertura vacinal entre os grupos prioritários (crianças, gestantes e idosos com 60 anos ou mais) ainda está em 29,89% — abaixo da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde. Fonte: Correio do Estado

 

 

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