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Indígenas que vivem em terras de retomada serão identificados em MS

por Redacao
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Conforme publicação no Diário Oficial desta terça-feira (3), um grupo de trabalho ligado à Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos irá realizar a identificação dos indígenas – Foto: Divulgação

Será criado no Estado um grupo de trabalho com o objetivo de cadastrar de maneira mais eficiente dados de indígenas que vivem em áreas de retomada. A equipe está subordinada à Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD).

A resolução, publicada nesta terça-feira (3) no Diário Oficial, institui o grupo de trabalho para realizar o levantamento com o intuito de criar e desenvolver políticas públicas eficazes para áreas de retomada.

O processo de identificação e cadastramento dos indígenas está respaldado no art. 93 da Constituição Estadual e no inciso II do art. 72 da Lei nº 6.035, de 26 de dezembro de 2022.

Ficará a cargo da SEAD nomear servidores de diversas áreas vinculadas à pasta para compor o grupo que realizará o levantamento de informações.

Além disso, serão convidados representantes dos seguintes órgãos para integrar o grupo:

  • Secretaria de Estado de Administração (SAD);
  • Secretaria de Estado de Cidadania (SEC);
  • Secretaria de Estado de Educação (SED);
  • Secretaria de Estado de Saúde (SES);
  • Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI/MS);
  • FUNAI – Coordenação Regional de Campo Grande;
  • FUNAI – Coordenação Regional de Dourados;
  • FUNAI – Coordenação Regional de Ponta Porã;
  • Defensoria Pública da União (DPU);
  • Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul (DPEMS);
  • Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC).

Outras pessoas poderão ser convocadas conforme o andamento dos debates relacionados aos trabalhos.

Segundo a resolução, ficou estabelecido que o trabalho deve ser concluído em 30 dias.

Entenda o trabalho

  • Proposta de ações: Criar e organizar um cadastro das pessoas indígenas que vivem em áreas de terras não regularizadas no Mato Grosso do Sul.
  • Controle de riscos: Elaborar um plano para lidar com possíveis problemas na contratação de serviços, se necessário.
  • Estudo técnico e legal: Analisar questões técnicas, legais e operacionais necessárias para implementar o plano.

Conflitos no Estado

Mato Grosso do Sul registrou no ano passado 116 conflitos por terras, de acordo com pesquisa divulgada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Em todo o Brasil foram 1.724 casos, incluindo ocupações e retomadas de áreas, no primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Estado foi o sexto do País com o maior número de conflitos, a maioria deles relacionado a disputa entre indígenas e fazendeiros.

Dos 116 conflitos em 2023 pelo levantamento, 105 eram de indígenas, e a maior parte deles ocorreram em Dourados, onde foram registrados 30. Os outros 11 relatados estão entre os sem-terra (4), assentados (6) e posseiros (1).

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