Nas comunidades indígenas terena e kinikinau que se moldou o projeto Além da Imagem pelo fotógrafo e cineasta Walter Cereja – Foto: Redes Sociais
Explicar uma cultura, uma vocação, uma tradição, um amor com os olhos do coração. Foi assim, numa semana intensa de trabalho nas comunidades indígenas terena e kinikinau que se moldou o projeto Além da Imagem pelo fotógrafo e cineasta Walter Cereja. Fotógrafo e cineasta exerce essas profissões atualmente em duas metrópoles: Milão e São Paulo, nos quais divide os meses dos anos, entre trabalhos particulares, de grandes empresas, projetos pessoais e desfiles como o Milão Fashion Week.
Assim, com vasta experiência nacional e internacional esse jovem se encantou pela história indígena, mesmo a distância, e chega à Miranda, Pantanal Sul-Mato-Grossense, de alma aberta para conhecer e aprender, mas também para captar de modo imparcial a cultura indígena, sem mistificações, mas com muito respeito.
Walter Cerejo ressalta que: “Agradeço ao prefeito Fábio pela confiança em meu trabalho e pela acolhida” – Foto: Redes Sociais
Dos dias 31 de julho a 08 de agosto do corrente ano, foram visitadas diversas comunidades e registros fotográficos foram feitos, bem como entrevistas que possam propiciar maior compreensão sobre temas como: dança, artesanato, culinária, esporte, entre outros.
Nessas visitas muito material foi produzido, sendo que uma seleção será feita para que seja realizada uma galeria de exposição na reinauguração do Centro Referencial da Cultura Indígena.
Dessa maneira, serão impressas fotos, mas indo “além da imagem”, as fotos terão QRcodes que irão direcionar cada pessoa que o acessar a um vídeo curto que fundamentará a produção da referida imagem.
Ainda, outros produtos serão confeccionados sempre com o enfoque principal de levar a todos o quão forte é uma cultura que apesar das influências de séculos, perdura e nos enche de orgulho. Walter ressalta que: “Agradeço ao prefeito Fábio pela confiança em meu trabalho e pela acolhida. Também, foi indescritível a recepção em cada comunidade, tendo tido a honra de ser batizado pela comunidade terena da Aldeia Passarinho, como Xumonó, que significa guerreiro. Apesar da vasta experiência em outros locais, levo na alma o conhecimento aqui adquirido e espero voltar em breve.”
Foram visitadas diversas comunidades e registros fotográficos foram feitos – Foto: Redes Sociais
O projeto não se encerra por aqui, ele é consumível e deve ser realizado em diversas etapas, levando em consideração a riqueza da cultura local. O prefeito Fábio Florença entende que representar a cultura como ela realmente é, fortalece, orgulha e gera identidade. Então, o Centro Referencial vai além de um prédio bonito e representativo, ele tem a nossa história.
Por fim, cada momento poderá ser em breve visualizado numa visita ao restaurado Centro Referencial da Cultura Indígena, que deve ser reinaugurado nesse segundo semestre de 2023.
