148
A demora do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PT), em relação a algumas pendências no preenchimento de cargos visando à acomodação política, está intrigando dirigentes dos partidos aliados.
Bernal e Louzada durante recente encontro no PTB
Ocorre que, apesar de buscar o fortalecimento de sua base de apoio na Câmara de Vereadores na tentativa de escapar da cassação de seu mandato, Bernal protela em algumas decisões, deixando os aliados na expectativa.
Com base de apoio reduzida na Câmara, Bernal enfrenta um período de turbulências desde que assumiu a prefeitura e corre o risco de ser afastado da prefeitura sob acusações de improbidade administrativa.
O presidente regional do PTB, Ivan Louzada, por exemplo, queixa-se que há quase um mês depois de ser nomeado para assumir o cargo de diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), o engenheiro civil Jean Saliba ainda não conseguiu se reunir com o prefeito.
A nomeação de Saliba, indicado pelo PTB, foi publicada no Diário Oficial campo-grandense no dia 26 de dezembro de 2013.
Segundo, Ivan Louzada, o engenheiro foi indicado pelo vereador Edson Shimabukuro, presidente municipal do PTB.
“Ainda precisamos nos reunir para definir a situação do partido em relação ao prefeito, no entanto ainda não conseguimos marcar uma audiência com o Bernal, por enquanto estamos neutros”, explicou.
Questionado sobre o impasse, Louzada comparou a política ao futebol, e comentou sobre a necessidade das reuniões e os encontros entre Saliba e o prefeito da Capital.
“Reuniões, treinos e estratégias são hábitos em qualquer time de futebol que queira no mínimo um entrosamento em campo, e com a política não é diferente. No campo político as estratégias devem ser traçadas e as reuniões constantes. Somos como jogadores, cada um na sua função dentro de campo, para no final marcar o gol e sairmos campeões, e assim é na política, todos desempenhando seu papel da melhor forma possível para atendermos as necessidades da população”, comparou.
O dirigente petebista garante que, apesar disso, aguarda uma posição do progressista.
“Desde o começo de sua nomeação deixei Jean à vontade para trabalhar e tomar sua próprias decisões. Coloquei o partido a sua disposição, só que sem o apoio do prefeito, Jean fica de mãos atadas”, disse Louzada.
conjuntura