Os produtores de gado orgânico certificado do Mato Grosso do Sul prevêem aumentar em 50% a produção no estado com foco no mercado europeu. Atualmente existem 16 fazendas certificadas pelo IBD (Instituto de Certificação Biodinâmico), para a produção de gado orgânico. Segundo o Instituto neste setor os produtores obtêm em média de 10% a 18% a mais de lucro que na produção de gado convencional.
Para serem considerados orgânicos, os animais precisam ser criados em pastagens isentas de agrotóxicos e não podem receber suplementação química nem medicamentos convencionais, além de controles sanitários rígidos e atendimento às leis ambientais e trabalhistas nas propriedades, visando o desenvolvimento econômico e produtivo que não polua, não destrua o meio ambiente e que valorize o homem.
A pecuária bovina de corte orgânica tem como objetivo uma produção que mantenha o equilíbrio ecológico englobando os componentes produtivos, ambiental e social, a partir de normas estabelecidas pelas instituições certificadoras.
Uma das prioridades das certificadoras é garantir a segurança alimentar. Por isso, é exigida e monitorada a vacinação, inclusive contra febre aftosa. Em caso de alguma enfermidade, o gado orgânico é tratado com produtos fitoterápicos e homeopáticos.
Segundo o presidente da ABPO (Associação Brasileira da Pecuária Orgânica), Leonardo Leite de Barros em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo no dia 26 de julho de 2010, por se tratar de um nicho, a expansão neste mercado está muito vinculada à existência da demanda, ou seja, o aumento na demanda depende do comportamento da economia europeia.
“Se a crise se amenizar, provavelmente começaremos a embarcar carne orgânica para o mercado europeu ainda em 2010″, ressalta Barros.
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