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Plano ajuda Brasil a reciclar 10 mil t de CFC

por Redacao
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A parceria entre o governo brasileiro e o PNUD nos centros de reciclagem de clorofluorcarbono (CFC) espalhados no país já impediu que fosse lançado à atmosfera o equivalente a dez mil toneladas métricas (t) do gás nocivo, que contribui para a destruição da camada de ozônio, que protege a superfície da Terra. Os dados estão no relatório Delivery on Commitments, que analisa as atividades da agência da ONU no período 2009/2010 e elogia a aliança do órgão no Brasil para pôr fim à utilização de CFC no território.

O primeiro passo foi a eliminação da produção, da importação e do uso do gás nos novos equipamentos de refrigeração produzidos no país. Ao evitar o lançamento à camada de ozônio das dez mil toneladas métricas de CFC, o Brasil foi além e antecipou em três anos o cronograma fixado pelo Protocolo de Montreal, acordo multilateral estabelecido para controlar as emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio.

Agora, o foco está nos refrigeradores antigos e o objetivo passa a ser a garantia da extração e destruição, de forma segura, da substância nos cerca de 11 milhões de equipamentos velhos que contêm CFC no Brasil. Se o gás desses refrigeradores fosse liberado à atmosfera, equivaleria à ação de 33 milhões de toneladas de dióxido de carbono, substância que contribui para o aquecimento global.

Buscando destruir de forma segura o CFC, o Brasil aprovou uma lei, em 2000, que exige que distribuidores de energia ajudem as famílias pobres a aumentar a eficiência energética de seus equipamentos.

Em São Gonçalo, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, está um exemplo bem-sucedido de como é possível se fazer isso: a Ampla, concessionária de energia, decidiu substituir os refrigeradores velhos de alguns clientes carentes por unidades novas e livres de CFC. Além de preservar o meio ambiente, a ação permite às famílias economizar energia e pagar contas de luz mais baratas.

O mesmo caminhão que entrega o refrigerador novo retira o antigo, que é enviado a centros administrados por companhias privadas. Elas recebem auxílio do PNUD para encontrar soluções financeiras inovadoras para arcar com o gerenciamento e o descarte do CFC.

A agência da ONU também oferece kits de ferramentas para o desmonte, e treina funcionários para que possam lidar com segurança e extrair a substância do compressor do refrigerador.

Além do foco na destruição do CFC, o PNUD também ajudou o Brasil a arrecadar recursos junto a mecanismos de financiamento internacionais, como o Fundo Multilateral, do Protocolo de Montreal, e a formar cientistas, engenheiros e especialistas em ozônio e mudanças climáticas para implementar e sustentar esses esforços contra o aquecimento global.

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