O Brasil é o quinto maior produtor de maconha e quarto maior consumidor do mundo. O alcoolismo é considerado a porta de entrada para o uso de drogas mais pesadas, como a maconha, e atinge cada vez mais pessoas e mais cedo: cerca de 7% dos adolescentes entre 12 e 17 anos estão consumindo álcool em quantidade excessiva.
Esses dados alarmantes foram apresentados durante o Fórum de Recursos Humanos, Dependência Química nas Organizações de Trabalho, realizado pela da Secretaria de Estado de Administração (SAD). “A questão das drogas é um assunto extremamente amplo e que interfere na vida de muitas pessoas”, afirma Sérgio Fernando Harfouche (foto), Presidente do Conselho Estadual Antidrogas (Cead/MS).
Segundo Harfouche que é Procurador de Justiça da 27º promotoria da Infância e Juventude, houve uma evolução nos últimos 50 anos nos aspectos de legislação em se tratando de drogas. As leis anteriores traziam ênfase criminológica do uso e do porte, o que punia com cadeia o usuário.
Essa ação provocou como conseqüência que 80% da população carcerária estivesse presa em razão do uso de drogas. Já a lei atual dá ênfase terapêutica, diferenciando usuário e dependente do traficante. “É muito mais barato investir na prevenção do que no tratamento, afirma Harfouche.
Opinião compartilhada com Helena Gasparini, uma das palestrantes e membro do Conselho Estadual Antidrogas de Mato Grosso do Sul: “Investir na prevenção sai muito mais barato. Para quem não sabe, dependência química é considerada doença, segundo a Organização Mundial de Saúde, devido ao número de doenças e mortalidade que causa. Por isso é fundamental o tratamento”, ressalta.