Mais fiscalização e intenso trabalho de conscientização da Companhia Independente de Polícia de Trânsito (Ciptran) contribuíram para a redução do índice de acidentes fatais nas ruas da Capital. Conforme balanço semestral divulgado pela companhia, nos primeiros seis meses de 2010 foram verificados 22 acidentes com ocorrência de mortes, enquanto no mesmo período do ano passado foram 29 acidentes. De acordo com o comando da Ciptran, o dado é reflexo do aumento das fiscalizações, também apontadas no balanço: enquanto de janeiro a junho de 2009 foram aplicados 7.234 autos de infração, em 2010 foram 17.144. O número de veículos apreendidos também aumentou, passando de 3.125 no ano passado, para 3.359 neste ano.
Segundo o comandante da Ciptran, major Alírio Villasanti Romero, a companhia tem trabalhado em cima dos dados positivos verificados para avançar ainda mais na qualidade do trabalho de segurança no trânsito. “Com a intenção de atender os quesitos do gerenciamento moderno, melhorando a qualidade dos serviços prestados, e assim ter uma boa relação efetiva com a comunidade, estamos tentando avançar no chamado princípio da eficiência, trabalhando em cima de resultados que evidenciam a redução dos acidentes, particularmente das vítimas fatais, ocorridos nesses últimos seis meses”, afirma o comandante.
Em um comparativo com as ações realizadas nos seis primeiros meses de 2009, este ano tem demonstrado ainda mais rigor da polícia de trânsito no que tange à fiscalização da Lei Seca. As estatísticas demonstram que no ano passado foram aplicados 192 autos de infração relacionados ao descumprimento da Lei Seca. Em 2010 foram aplicados 303 autos, apontando o crescimento das fiscalizações. Com isso, cresceu também o número de condutores encaminhados à delegacia por descumprir a regulamentação: de 101 em 2009 para 129 neste ano.
Ações preventivas
Trabalhando com o foco na prevenção de acidente e a conscientização da população, além de fiscalizar diuturnamente o cumprimento da lei seca e motociclistas – que são maioria de envolvidos em acidentes na Capital -, a Ciptran estendeu as operações para os bairros, onde várias pessoas não vêm para o Centro da cidade e têm suas vidas naquela região.
De acordo com o comando da companhia, nestes locais periféricos, uma parcela de motoristas acaba não pagando seus tributos, não conservam seus carros em boas condições de uso e segurança. Também nestas regiões são flagradas infrações como motoristas embriagados e não habilitados e adolescentes conduzindo veículos. Na região central, a Ciptran também desenvolve um trabalho rigoroso de caráter preventivo e repressivo nos altos da Afonso Pena nos domingos, local onde há grande aglomeração de pessoas e intenso fluxo de veículos, visando reduzir os índices de infrações e acidentes de trânsito e demais irregularidades observadas.
O trabalho da Ciptran se estende também às salas de aulas, com palestras educativas em escolas, universidades e empresas parceiras que buscam a conscientização de seus funcionários e alunos. Por meio do Projeto Ciptran de Portas Abertas, a companhia recebe ainda em suas dependências crianças, que além de receberem orientação educativa no trânsito, conhecem as atividades do dia-a-dia dos policiais e todas suas ferramentas de trabalho, através de um momento de interação, com muitas brincadeiras e confraternização, com o horário do lanche.
Com o Plano de Ação para a Redução de Acidentes (Para), a unidade traz dicas de segurança no trânsito à todos e faz uma chamada à comunidade de que o trânsito não é só responsabilidade dos órgãos de fiscalização, mas de toda a sociedade. Assim, dissemina a ideia de que todos podem contribuir para a redução de acidentes, basta conscientização e participação social.
A Ciptran também foi pioneira no Brasil na utilização do aparelho de notificação eletrônica – o talão eletrônico. Conforme o comando da companhia, a ferramenta é importante e traz mais transparência e celeridade no trabalho do policial de trânsito, facilitando na questão burocrática.