A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) vai entrar na Justiça para forçar o governo a retirar os equipamentos de gravação nos parlatórios, locais em que se realizam as conversas entre advogados e presos, das quatro penitenciárias federais do país.
A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo presidente da OAB, Ophir Cavalcante, após reportagem da Folha revelar que um relatório feito pelo próprio governo constatou a existência dos equipamentos.
A OAB também informou que vai ingressar com representação contra o juiz federal Odilon de Oliveira, do Mato Grosso do Sul, no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), por abuso de autoridade e violação às prerrogativas dos advogados.
Oliveira autorizou o monitoramento dos advogados dos traficantes Juan Abadia e Fernandinho Beira-Mar. Em 2008, investigação revelou que eles planejavam sequestrar autoridades e parentes.
A OAB repudiou a atitude do juiz, por considerá-la “ofensa frontal” às prerrogativas dos advogados. O juiz diz concordar que o monitoramento fere a privacidade dos advogados, mas afirma que toda investigação é invasiva.
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