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‘Mulher não gosta de política’, diz senadora do PSL Juíza Selma

por Redacao
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Na corda bamba após o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) decidir pela cassação de seu mandato por abuso de poder econômico e caixa dois, a senadora Juíza Selma (PSL) enfrenta também pressão de seus próprios colegas no Senado. Em entrevista à “Folha de S.Paulo”, ela disse ter sido pressionada para retirar sua assinatura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da “Lava Toga”, relatou grito do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e afirmou que ” mulher não gosta de política”.

A senadora Selma Arruda foi eleita no ano passado pelo estado do Mato Grosso Foto: Divulgação

Quando questionada sobre a investigação do PSL por candidaturas de laranjas, ela disse que “(em Mato Grosso), se teve, foi quieto” e que “obrigar a ter cota é pedir para ter laranja, até porque mulher não gosta de política”. Segundo ela, “não é uma tradição nossa ter mulheres na política” e que foi criticada no Senado por conta dessa opinião.

Na última terça-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, assinou um parecer defendendo a cassação do mandato da senadora e a realização de novas eleições para preencher a vacância. No mesmo dia, Selma divulgou uma nota afirmando que avalia deixar o PSL por conta de pressões pela derrubada da CPI.

Ela afirmou que o processo que enfrenta na Justiça a deixou “mais vulnerável” para ser pressionada a inviabilizar a instauração da investigação. Ao jornal, a senadora afirmou que foi procurada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e por Flávio Bolsonaro para retirar sua assinatura. Segundo a juíza aposentada, o filho do presidente Jair Bolsonaro gritou com ela ao telefone.

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