
Estrutura será remanejada conforme avançam as obras – Foto: Divulgação/Seilog
Foi instalada neste domingo (18) a estrutura metálica que servirá como uma rampa para travessia provisória durante obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.
Para o trabalho, a ponte ficou totalmente interditada das 7h às 9h, quando o tráfego foi liberado.
A estrutura pesa 17 toneladas e foi colocada sobre parte da pista de concreto, em trechos danificados. Ela será utilizada como uma espécie de rampa, por onde passarão os veículos enquanto serão feitos reparos na estrutura.
Desta forma, os veículos passam pela estrutura, sem contato direto com a pista.
Desta forma, será possível fazer as lages e demais trabalhos de manutenção e reparos, sem a necessidade de interdição total do tráfego.
A estrutura vai aliviar um lado da pista enquanto a equipe trabalha do outro lado.
O tráfego será mantido no sistema ‘Pare e Siga’ até a conclusão total das correções, prevista para abril.
A rampa será utilizada em diferentes pontos da ponte, conforme avançam os trabalhos. A cada conclusão de um ponto de trabalho, a estrutura será remanejada para o próximo.
A previsão é que esse remanejamento ocorra a cada 15 dias, todos demandando a interdição momentânea de duas horas da pista.
Interdições noturnas para a concretagem e cura do concreto de alta performance também devem ocorrer a cada 15 dias, mas as datas ainda não foram definidas pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul).
Também podem ocorrer interdições completas do tráfego por períodos maiores para a “cura” do concreto, pois trepidações podem causar fissuras e comprometer o trabalho realizado.
A ponte da BR-262 dá acesso a Corumbá. Sem ela, a alternativa seria pela chamada Estrada Parque, que tem cerca de 120 quilômetros e não é asfaltada, além de ter o tráfego para as carretas com minério.
A ponte
Durante duas décadas houve cobrança de pedágio por empresa privada e em troca ela tinha obrigação de fazer a manutenção da estrutura. A cobrança só acabou em setembro do 2022, mas a empresa responsável, a Porto Morrinho, permaneceu na ponte até 15 de maio do ano passado.
Antes dessa data, porém, o tráfego já começou a fluir somente em meia pista, justamente por conta das falhas na estrutura que agora serão reparadas. Desde 21 de março do ano passado a passagem de veículos funciona no sistema de pare e siga.
Com receio de que a ponte pudesse sofrer colapso, o governo do estado adotou medidas restritivas em janeiro, como a instalação de balança na entrada da ponte e patrulhamento de segurança na estrutura, entre outras.
As obras emergenciais que estão em andamento foram orçados em R$ 1,67 milhão. Outros R$ 714 mil estão sendo gastos com uma empresa de consultoria que fará um estudo de todos os reparos que serão necessários na ponte. Fonte: Correio do Estado