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Policiais de Corumbá resgata mulher mantida em cárcere no Pantanal

por Redacao
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Uma equipe de investigadores da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá conseguiu resgatar, na segunda-feira, (9), uma mulher de 38 anos que há cerca de sete dias era agredida violentamente e mantida em cárcere privado.

O fato ocorreu em uma fazenda no Pantanal da Nhecolândia, propriedade distante cerca de 200 quilômetros de Corumbá.

Os policiais levaram mais de cinco horas de viagem para chegar ao local e o acesso só foi possível com veículos especiais para o terreno pantaneiro.

A Polícia Civil de Corumbá tomou conhecimento do fato através de denúncia de um fazendeiro.

A informação era que um homem de 40 anos mantinha sua amásia amarrada pelo pescoço e constantemente a açoitava com chicote e ainda agredia a mulher com socos.

Outro detalhe é que o autor estaria armado e ameaçava matar qualquer pessoa que se aproximasse.

Ação Policial

Diante das circunstâncias, os policiais civis especializados em atuar nesta área e conhecedores deste enorme trecho do pantanal, fortemente armados, foram até ao local e numa rápida e planejada ação, conseguiram resgatar a mulher que estava com graves lesões.

No pescoço, a vítima tem uma marca de quem ficou amarrada por muito tempo.

Seu rosto está lesionado e um enorme inchaço na orelha esquerda.

O autor foi identificado como Gerson Martins dos Santos (40).

Ele trabalhava como campeiro na propriedade rural e estava convivendo com a mulher há cerca de 08 meses.

Consta que Gelson aterrorizava funcionários da fazenda e até mesmo o capataz do lugar. O chefe da equipe policial, investigador Jonas André, que teve consigo ainda os investigadores Marcelo Lopo e Alcides Damasceno, disse que além do fato atípico do dia-a-dia dos policias, o acesso ao local foi a maior barreira. “O carro atolou duas vezes e ainda furou o pneu três vezes“, comentou ao explicar que foi preciso o auxilio de outro veículo para retornar à cidade.

Gerson foi preso em flagrante pelos crimes de cárcere privado, ameaça e lesão corporal dolosa.

A delegada Elaine Cristina Ishiki Benicasa, que preside o inquérito policial, disse que serão providenciadas as medidas protetivas para a vítima. “Neste caso é aplicado a Lei Maria da Penha”.

A Polícia Civil concluirá o inquérito em 10 dias e o encaminhará ao judiciário.

A delegada esclareceu que a pena para este caso, por conta do cárcere privado qualificado, pelas lesões e pelas relações de convivência, a pena é de 02 a 08 anos de reclusão em regime fechado.

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