
Seleção faz último treino antes do amistoso
A estréia de Mano Menezes no comando da Seleção, nesta terça-feira, às 20h11 (21h11, horário de Brasília), contra os EUA, também será o primeiro ato dos santistas Neymar e Ganso pela equipe principal do Brasil. Por coincidência ou não, a poucos metros do local do ponto final da carreira do principal representante da História do Peixe: Pelé.
Foi no Giants Stadium, inutilizado após a inauguração do New Meadowlands Stadium, palco do confronto desta noite, que o Rei do Futebol fez seu último jogo e também marcou seu último gol – poucos metros separam os dois gigantes de concreto em Nova Jersey (confira no destaque da foto acima). Uma inspiração compatível à perspectiva que, neste momento, a jovem dupla desperta no Brasil.
– A responsabilidade é nova e a expectativa é grande. Espero corresponder da melhor maneira possível – afirmou Ganso.
A despedida na terra do Tio Sam, na verdade, foi a terceira de Pelé. Pela Seleção, o astro encerrou sua gloriosa passagem diante da Iugoslávia em julho de 1971, diante de quase 140 mil pessoas no Maracanã. Três anos mais tarde, mais precisamente em outubro de 1974, foi a vez de se despedir do Santos e do futebol brasileiro. Contra a Ponte Preta, na Vila Belmiro, Pelé se ajoelhou no gramado, abriu os braços e agradeceu à torcida alvinegra.
A terceira – e última – foi nos EUA, com a camisa do New York Cosmos. E quis o destino que fosse contra o próprio Santos, clube que representou tão bem por 18 anos, de 1956 a 1974. Em 1o de outubro de 1977, os times duelaram em amistoso.
O combinado era que Pelé atuaria com a camisa dos americanos no primeiro tempo e, na etapa final, usaria a do Peixe. O objeto, claro, é que o último gol do Rei do Futebol fosse marcado com o uniforme branco. Mas não deu certo…
Aos 42 minutos do primeiro tempo, Pelé fez a igualdade para o Cosmos. Após o intervalo, o astro trocou de time e substituiu Ailton Lira. Mas não conseguiu dar a vitória para o Santos. Para piorar, o Cosmos fez outro gol e ganhou por 2 a 1. Antes do adeus, Pelé deu uma volta olímpica e, com o microfone na mão, pediu amor: “Love!”.
As presenças de Neymar e Ganso representam uma nova era em nosso futebol, um sonho para 2014, sob o comando de um novo treinador. Que todos tenham, pelo menos, um pouco da competência e das glórias que Pelé teve em sua carreira. Uma carreira que teve seu último ato na mesma terra que, hoje, iniciam as passagens dos jovens e de Mano.
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