Mato Grosso do Sul é destaque na avaliação dos indicadores econômicos da região Centro-Oeste divulgados pelo Banco Central. De acordo com o levantamento referente ao último trimestre, o Estado teve o maior crescimento no segmento do comércio varejista e na expansão das exportações. Outro fator importante apresentado pelo governo Federal é o elevado número de empregos formais gerados neste período, ficando apenas atrás do Distrito Federal, o Estado acumulou 11,8 mil contratações.
O estudo do Banco Central aponta que a economia da região Centro-Oeste continuou apresentando resultados positivos no segundo trimestre deste ano, embora em intensidade menor que os observados nos trimestres anteriores. Conforme o levantamento, durante os meses de março a maio, houve maior dinamismo da indústria e da pecuária bovina. Também foi verificada a ampliação na geração de empregos, o que deve contribuir para manter o crescimento expressivo das vendas do comércio – nestes dois últimos setores Mato Grosso do Sul tem grande importância no crescimento regional.
No comércio varejista, as vendas da região cresceram 2,1% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro, quando haviam se elevado 5,5%, na mesma base de comparação. De acordo com os dados do BC, o aumento mais intenso na indústria do comércio varejista ocorreu no Mato Grosso do Sul, com um crescimento de 4,6%. Nos outros estados o índice verificado foi: Mato Grosso 3,4%; Distrito Federal, 1,4%, e Goiás, 1,3%.
O Banco Central verificou ainda a expansão das exportações na região Centro-Oeste, decorrente de elevações de 5,9% nos preços e de 1,9% no quantum. O estudo dá ênfase nos crescimentos dos embarques de Mato Grosso do Sul e de Goiás. As vendas de produtos básicos para outros países são responsáveis por 87% da pauta da região – este comércio cresceu 4,4% no primeiro semestre de 2010. Os embarques de produtos semimanufaturados cresceram 41,9%. Neste setor o destaque é para exportações de celulose: 611%, iniciadas em maio de 2009. Contribuindo neste segmento, o Estado abriga em Três Lagoas a empresa Fibria, que é a maior fábrica de celulose com uma única linha de produção do mundo. A cidade também vai receber outra fábrica com o status de maior do mundo: a Eldorado Celulose.
No setor dos produtos manufaturados, as exportações aumentaram 25,5% no primeiro semestre. Vale salientar que as exportações provenientes do agronegócio, correspondendo a 91% das vendas da região, ampliaram-se 5,3%, inferior ao ritmo de crescimento das exportações totais da região. Os principais mercados para exportação de produtos do Centro-Oeste são China, Holanda, Rússia, Espanha, Irã e Tailândia que absorveram, conjuntamente, 59% dos embarques da região, no semestre.
Emprego
Mato Grosso do Sul tem o segundo melhor desempenho da região na geração de empregos formais, de acordo com o Banco Central. Enquanto o Distrito Federal, que encabeça a lista, criou 12 mil postos de trabalho, o Estado obteve índice pouco menor: foram 11,8 mil empregos gerados, índice bastante superior ao terceiro colocado na região. O Estado de Mato Grosso verificou 3,4 mil novos postos de trabalho no período.
O nível de emprego formal na região assinalou crescimento de 1,3% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro – quando o índice positivo foi de 1,4%, no mesmo tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados, com ênfase nas expansões registradas na indústria extrativa mineral, 2%, e na indústria de transformação, 1,8%.
Produção
Conforme o Boletim Regional, a produção de grãos do Centro-Oeste para 2010 está estimada em 51,2 milhões de toneladas, com aumento anual de 4,8%, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de junho, do IBGE. A previsão traduz o acréscimo de 8,8% projetado para a safra de soja, decorrente da expansão na área plantada e na produtividade. A observação do estudo aponta que a produção regional deve aumentar em decorrência da quebra da safra anterior no Mato Grosso do Sul, devido a fatores meteorológicos. As produções de milho e de cana-de-açúcar – ocupando área 8,8% maior do que em 2009, deverão aumentar 2,3% e 10,3%, respectivamente, no ano.