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Parque Nacional da Serra da Bodoquena garante belezas naturais de Bonito e região

por Redacao
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A cidade de Bonito é o principal polo turístico de Mato Grosso do Sul, devido ao grande número de atrativos naturais como rios de águas cristalinas, cachoeiras, grutas e cavernas e à gestão responsável no que diz respeito aos aspectos socioambientais. A transparência das águas surpreende os turistas de forma que toda a biodiversidade do ambiente aquático seja visualizada sem mesmo precisar mergulhar. Mas todas essas condições perfeitas para o ecoturismo ocorrem devido à existência do Parque Nacional (Parna) da Serra da Bodoquena.

O parque foi criado em 21 de setembro de 2000, tem 76.400 hectares distribuídos em duas áreas distintas, sem possibilidade de visitação pública. É a única unidade de conservação federal que encontra-se integralmente em território sul-mato-grossense, sendo administrado pelo Ibama. A Serra da Bodoquena vai de Miranda, ao norte, até Porto Murtinho, ao sul, incluindo também partes dos municípios de Bodoquena, Bonito e Jardim.

É considerada a região mais conservada de Mato Grosso do Sul, caracterizada por um maciço calcário de belas e frágeis formações e extensos sistemas de cavernas que abrigam, além de sítios arqueológicos importantes, animais com distribuição geográfica limitada, sensíveis a alterações na qualidade das águas e na vegetação. É a única área de Mato Grosso do Sul que integra o bioma Mata Atlântica.

A Serra da Bodoquena estende-se por 200 quilômetros e apresenta cerca de 65 quilômetros de largura, com altitudes que variam de 400 a 650 metros, estando circundada pela planície pantaneira. O clima da região é tropical úmido com estação chuvosa no verão e seca no inverno.

As características geológicas fazem com que os rios da região apresentem águas extremamente claras, de grande beleza cênica, constituindo um dos principais atrativos turísticos que têm significativa relevância econômica para a região e o Estado. A serra da Bodoquena é também um importante divisor de águas e área de recarga para o Aquífero Guarani. Na região, as rochas afloram no solo, não sendo apropriada à agricultura e nem à pecuária.

Pesquisadores tanto de Mato Grosso do Sul quanto dos outros Estados têm descoberto, ao longo dos anos, a existência de espécies da fauna e flora raras e em risco de extinção, além de registros de espécies incomuns, como os grandes gaviões Morphnus guianensis e Harpia harpija (o último com três pares reprodutivos confirmados no parque) e o ameaçado papa-capim Sporophila cinnamomea, além de espécies raras de peixes.

Próximo ao parque situa-se ainda a Terra Indígena Kadiweu, com 538 mil ha. Embora a atividade pecuária (especialmente a engorda de gado) seja dominante, o turismo baseado nos atrativos naturais dos municípios de Bonito, Jardim e Bodoquena têm adquirido importância crescente na economia regional e, especialmente, na geração de empregos.

Os atrativos turísticos, na maioria associados aos rios e cavernas da região, distribuem-se, na maior parte, em propriedades privadas na zona de amortecimento do parque. Daí, portanto, o fato de os passeios turísticos na região terem visitação rigidamente controlada, sendo obrigatório o acompanhamento de guias de turismo devidamente capacitados e a necessidade de compreensão por parte dos turistas que visitam a região, de que a Serra da Bodoquena é um dos maiores tesouros de Mato Grosso do Sul, que deve ser preservado por todos.

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