O PMDB ainda negocia a permanência do PSC no arco de aliança que sustenta a candidatura do governador André Puccinelli à reeleição. Segundo o Diretório Regional do partido, deixaram a coligação o PSDC e o PSC. Mas a posição definitiva ainda pode mudar até o fim da tarde desta segunda-feira, segundo a expectativa do PMDB.
“Até segunda-feira à tarde tudo é possível, mas não temos nenhuma esperança em relação ao PSDC, apenas quanto ao PSC”, disse Antonio Sandim, assessor jurídico do Diretório Regional do PMDB. Nenhum dirigente das legendas cristãs foi encontrado para falar sobre a debandada. O PSC abandonou o PMDB para indicar Pedro Chaves do Santos Filho à 1ª suplência do senador Delcídio Amaral (PT), que concorre à reeleição.
A assessoria do PMDB informou que na segunda-feira serão registradas a coligação majoritária e as três alianças proporcionais fechadas pelo partido. O presidente regional Esacheu Nascimento, confirmou que a aliança liderada pelo PMDB tem 153 candidatos a deputado estadual e 44 candidatos a deputado federal.
Só o PMDB terá sete candidatos a deputado federal, 16 candidatos a deputado estadual, um candidato ao Senado e seus dois suplentes, além do governador. A coligação mantém o nome “Amor, trabalho e Fé”, adotado em campanhas passadas.
Problemas
Já a coligação liderada pelo PT, denominada A Força do Povo, também enfrenta problemas em manter o PV no seu arco de alianças, em razão de orientação da Executiva Nacional, com base em consulta ao TSE, para que o partido não se alinhe a outro partido fora da aliança da candidata à Presidência Marina Silva.
Na disputa pelas oito vagas à Câmara Federal a aliança lança apenas uma chapa, com 24 candidatos. Já na eleição para as 24 cadeiras da Assembleia Legislativa, a aliança se divide em três chapas – PT e PP, PDT e PSL, PV – PCdoB – PRP e PSDC – e lança 72 candidatos.
Calendário
Na terca-feira, 6, um dia depois de encerrado prazo para registro de candidaturas, começa oficialmente a campanha, sendo permitidas a propaganda dentro das restrições definidas pela Justiça Eleitoral.
Somente no dia 17 de agosto é que a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão começará a ser veiculada. O tempo de veiculação de cada coligação e candidato ainda não foi calculado pelo Tribunal Regional Eleitoral. A coligação liderada pelo PT prevê tempo de 16 minutos e 15 segundos, divididos em dois blocos.
Sucessão
A campanha eleitoral em Mato Grosso do Sul começa com características de segundo turno, por ter apenas dois candidatos considerados favoritos. Adversários históricos no Estado, PMDB e PT não acataram a orientação da Executiva Nacional de repetir regionalmente uma aliança já firmada para a disputa da Presidência da República.
O governador André Puccinelli (PMDB) tenta a reeleição com uma chapa pura. Mas para a presidência já disse que vai apoiar o candidato tucano José Serra. O PMDB, porém, não está totalmente unido. O senador Valter Pereira, promete pedir votos para Dilma Rousseff.
O PSOL também lançou candidato ao governo, mas ainda tenha resolver problemas de inelegibilidade para habilitar a candidatura do ex-bancário Ney Braga. Com 6 mil filiados, o partido ainda busca expressão no cenário político e lança 11 candidatos à Assembleia Legislativa e 4 à Câmara Federal. Os candidatos ao Senado são o professor Washignton Luiz Vera e o militante de movimentos populares Jorge Batista.
Registro
De acordo com a legislação eleitoral, para concorrer às eleições de outubro, os candidatos precisam ser brasileiros, ter pleno exercício de seus direitos políticos, registrar a candidatura no mesmo lugar de seu domicílio eleitoral, ter idade mínima entre 21 e 35 anos – conforme a vaga a que irá concorrer -, filiação partidária e alistamento eleitoral.
Todos esses requisitos são informados no Formulário de Requerimento de Registro de Candidatura (RRC) que deve ser preenchido e encaminhado ao TRE. Além do formulário preenchido, exige-se a apresentação de uma lista de sete documentos, alguns deles repetidos em vias impressas e digitalizadas.
É o caso da fotografia do candidato, em formato 5×7 sem moldura, frontal e em preto e branca, frontal, que deve ser entregue digitalizada e impressa em papel fotográfico fosco ou brilhante. A Justiça Eleitoral exige certidões da Justiça Federal, da Estadual (ambas de 1º e 2º Graus) e dos tribunais competentes, para quem tem foro privilegiado
Eleitorado
Mato Grosso do Sul tem 1.702.506 eleitores. Campo Grande é o principal colégio, com 541.718 eleitores (31,82%), seguido de Dourados: 139.942 (8, 22%); Corumbá: 67.617 (3,97%) e Ponta Porã: 53.531 (3,14%).
TV Morena