Um é o maior artilheiro do Maracanã. O outro o maior goleador da história do Brasileiro. Agora, fora de campo, Zico e Roberto Dinamite, pela primeira vez, se cruzarão como dirigentes de Flamengo e Vasco, respectivamente. Ambos negam uma expectativa maior por isso, mas esperam que os exemplos que deram no passado sirvam de lição para jogadores e torcedores no domingo (1º), quando os dois times se enfrentarão no Maracanã, às 18h30.
Os dois foram protagonistas de clássicos memoráveis. Uma rivalidade que, no entanto, não passava para fora do gramado. Tempos de Maracanã lotado, que fez o confronto ganhar o apelido de “Clássico do Milhões”, por se tratar das duas maiores torcidas do Rio de Janeiro.
Por conta disso, o agora presidente vascaíno Roberto Dinamite, que anotou ao todo 190 gols em brasileiros, marca difícil de ser atingida, espera que a paz predomine no jogo de domingo. Saudoso, o ex-atacante relembra os duelos com Zico.
– É muito legal agora reencontrar o Zico fora de campo, em um clássico como esse. Nos enfrentamos durante anos e nunca desejamos e nem falamos mal de um para o outro. Espero que sigam essa mesma linha que adotávamos.
Dinamite, por sinal, está há mais tempo como cartola. Há dois anos ocupa o cargo de presidente do clube e, em meio às críticas e alguns insucessos, conta com o apoio de grande parte da torcida vascaína. Acredita que o antigo rival dos tempos de Maracanã possa trilhar caminho de sucesso na Gávea, mas desde que com um tropeço no domingo.
– O Zico segue mais ou menos a mesma linha que eu fora de campo. Acredito que terá enorme sucesso na carreira de dirigente, tem tudo para isso. É um grande amigo, mas, neste domingo, vai dar Vasco.
Há pouco menos de dois meses como homem forte do futebol do Flamengo, Zico tenta, com o apoio da presidente Patrícia Amorim, reinstaurar a ordem no clube, manchado com a recente prisão do goleiro Bruno, suspeito do desaparecimento de Eliza Samudio.
Em sua estreia como diretor executivo, viu o time vencer o Botafogo por 1 a 0, em seu primeiro clássico, no Maracanã, local onde fez 333 gols em 435 partidas disputadas. Porém, nega que fique tenso antes de uma partida.
– Ansioso eu ficava na minha época de jogador. Agora, não fico mais não. A ansiedade eu deixo para os jogadores. Eles é que entram em campo.
R7