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CIMI aponta que em MS ocorreram 54% dos assassinatos de índios no País

por Redacao
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Relatório de Violência contra os Povos Indígenas elaborado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) aponta que no ano passado, dos 60 índios assassinados no Brasil, 33, o que representa 54% dos casos, morreram em Mato Grosso do Sul. O documento será oficialmente apresentado nesta sexta-feira (9), na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mas alguns dados tiveram a divulgação antecipada pela entidade.

O vice-presidente do CIMI, Roberto Liebgott, destaca em nota no site da entidade, que os dados mostram “a omissão como opção política do governo federal em relação aos povos indígenas”. Segundo ele, isso implica em diferentes formas de violências, como a não demarcação de terras, falta de proteção das terras indígenas, descaso nas áreas de saúde e educação e a convivência com a execução de lideranças, ataques a acampamentos e outras agressões por agentes de segurança, ataques a indígenas em situação de isolamento, tortura e suicídios entre outras.

O CIMI destaca que o elevado número de mortes no Estado, que tem a segunda maior população de indígenas no País, com 53 mil pessoas, chama a atenção e revela a gravidade dos casos de violação dos seus direitos, especialmente os relacionados aos índios da etnia guarani-kaiowá. “A violência sistemática registrada nos últimos anos permite afirma que nesse Estado se configura um tipo de racismo institucional, materalizado com ações de grupos civis e omissões do poder público”, afirmou a doutora em Educação Iara Tatiana Bonin, no texto.

Além dos 60 assassinatos, o relatório do CIMI também aponta que também ocorreram no Brasil no ano passado, 19 casos de suicídio e 16 casos de tentativa de assassinato. A entidade toma como fonte de dados para elaborar o documento notícias publicadas em jornais, revistas, rádios e sites, além dos registros sistemáticos efetuados pelas equipes do CIMI.

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