O tempo seco e ensolarado que atinge todos os estados das regiões centro-oeste e sudeste do país dificulta o crescimento e manutenção das pastagens, diminuindo com isso as taxas de conversão alimentar dos animais, afirma o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos.
A produção de carne e leite em todas essas localidades já apresenta sinais de reduções, afetando a oferta do produto. No entanto, a queda na produção de leite é menor quando comparada à situação da carne, pois muitos pecuaristas estão utilizando os derivados do milho, como farelo, para alimentar seus rebanhos. Assim, a oferta de leite no mercado continua satisfatória.
A falta de chuva além de dificultar o crescimento das pastagens de verão e das nativas, também prejudicou o plantio das pastagens de inverno. A tendência para os próximos dias é que falte ainda mais alimento para os animais de corte.
Como os teores de umidade do solo estão de modo geral muito baixos, as raízes das gramíneas não conseguem extrair nutrientes do solo, levando à redução das taxas protéicas e energéticas das plantas.
Nos estados da região sul, como no Rio Grande do Sul, as chuvas registradas nos meses de maio contribuíram para o plantio e crescimento das pastagens de inverno, como azevém e aveia, fornecendo excelentes condições ao pastoril dos animais. Entretanto, a queda acentuada das temperaturas no inicio da última semana levou à ocorrência de geadas, matando algumas pastagens de verão e nativas.
A previsão para os próximos 10 dias é de tempo seco e sem chuvas em praticamente todo o território nacional, com exceção das regiões leste do Nordeste e Norte do Brasil.
Globo Rural