O presidente da Fifa, Joseph Blatter, pediu desculpas nesta terça-feira pelos erros crassos de arbitragem que prejudicaram mexicanos e ingleses nas oitavas de final da Copa, prometendo que o debate sobre o uso de tecnologia no futebol será retomado após o torneio.
“É óbvio que, após as experiências até agora na Copa, seria um absurdo não voltar a falar sobre o uso da tecnologia na arbitragem dos jogos”, disse Blatter, em pronunciamento oficial à imprensa.
“Lamento e fico angustiado quando vejo erros dos árbitros tão evidentes. Manifesto publicamente o meu pedido de desculpas aos prejudicados”, declarou o presidente da Fifa.
Joseph Blatter falou, também, sobre a possibilidade do uso de vídeo par amarcação em lances polêmicos. “A eventual introdução desta tecnologia só será abordada na próxima reunião da Fifa, em julho”.
O encontro será em Cardiff, no País de Gales, nos dias 21 e 22.
A questão sobre o uso de auxílio tecnológico nas arbitragens voltou ao cenário mundial depois de dois jogos das oitavas de final da Copa na África do Sul, ambos disputados no domingo, em que repetições dos lances polêmicos foram mostradas instantaneamente pelos telões dos estádios.
No primeiro jogo do dia, um chute do meio-campista da Inglaterra, Frank Lampard, acertou a trave da Alemanha. Ao cair, a bola entrou no gol, mas o tento não foi validado por Jorge Larrionda, árbitro da partida. A Alemanha venceu o jogo por 4 a 1.
Mais tarde, o México jogava bem contra a Argentina, quando Carlos Tevez abriu o placar em clara posição de impedimento. O gol foi validado pela arbitragem.
Crise na França
Antes de finalizar o pronunciamento à imprensa, Joseph Blatter aproveitou para reforçar a declaração dada semana passada pelo secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, quando disse que a Fifa estava atenta para possíveis interferências do governo no futebol.
“A Fifa não vai tolerar qualquer interferência política no futebol da França”, concluiu Blatter, sobre a crise que afeta o futebol da França, principalmente após a eliminação precoce na Copa-2010.
Folha.com