O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta terça-feira (22) resolução que autoriza a prefeitura de Campo Grande a contrair empréstimo de R$ 55 milhões. O dinheiro virá do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e será investido em projetos de mobilidade urbana. A prefeitura se compromete a oferecer contrapartida de R$ 2,9 milhões.
A informação foi transmitida nesta tarde ao deputado federal Waldemir Moka (PMDB) pelo secretário-executivo do Ministério do Planejamento, João Bernardo de Azevedo Bringel. De acordo com o Planejamento, apenas as capitais Campo Grande e Rio de Janeiro tiveram as propostas sobre mobilidade urbana aprovadas.
Os investimentos vão priorizar projetos que promovam a articulação das políticas de transporte, trânsito e acessibilidade. A ideia é proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço, de forma segura, com a melhoria do transporte coletivo, construção de ciclovias e passarelas e desenvolver ações que garantam a mobilidade de idosos e pessoas com deficiências.
De acordo com o diretor da Agência de Transporte e Trânsito de Campo Grande (Agetran), Rudel Trindade Jr, a previsão é que os projetos levem 18 meses para serem executados. A maior parte dos recursos – cerca de R$ 35 milhões – será aplicada no sistema de sinalização.
O projeto prevê a substituição de todos os semáforos, que vão passar a ser controlados por uma central informatizada com cerca de 50 câmeras espalhadas por vários pontos da cidade, e a troca das placas de sinalização vertical, entre outras alterações.
O dinheiro também será usado para construir seis quilômetros de ciclovia na Rodovia Guri Marques, na saída de São Paulo, e 11 km de proteção nas margens dos córregos. “Depois da conclusão das obras, Campo Grande será uma das cidades mais agradáveis do país”, admite o diretor da Agetran.
A expectativa é que os projetos comecem a ser executados em 90 dias, prazo necessário para que a prefeitura assine a contratação do empréstimo com a Caixa Econômica Federal e conclua os processos de licitação.
Os projetos foram apresentados há cerca de dois anos pela Prefeitura de Campo Grande. Desde dezembro do ano passado houve articulação muito forte do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e do deputado Moka para que as propostas fossem aprovadas pelo Ministério das Cidades, gestor dos programas sobre mobilidade urbana.
Assessoria de Imprensa