Peritos encontraram nesta terça-feira uma mancha na Land Rover do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, suspeito pelo desaparecimento da ex-namorada, a estudante Eliza Silva Samudio. O veículo, que foi apreendido no sítio do atleta em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), foi encaminhado para perícia.
À Folha o delegado Edson Moreira afirmou que somente a perícia poderá determinar se a mancha é de sangue.
“Agora, ele [delegado] disse que será feito um exame de DNA para saber se o sangue é mesmo de Eliza”, afirmou o pai da jovem, o empresário do ramo de construção Luís Carlos Samudio, 43.
Ontem (28), policiais civis realizaram buscas no sítio e apreenderam fralda infantil, roupas femininas e passagens aéreas. Os objetos devem ser analisados pela perícia.
“Eles continuam com o trabalho de perícia e agora precisam confirmar se essas roupas são da minha filha”, disse Samudio.
A polícia investiga uma denúncia anônima que informou que Bruno e mais dois amigos espancaram Eliza até a morte e ocultaram o corpo.
A estudante não é vista há quase um mês, desde que contou a amigas que viajaria para Minas Gerais a pedido do atleta. Ela tentava provar na Justiça que Bruno é pai de seu filho, de quatro meses.
“Bruno está rezando para Eliza aparecer e está à disposição da polícia”, disse na segunda (28) o advogado do goleiro e diretor jurídico do Flamengo, Michel Assef Filho.
Bruno está temporariamente afastado do time. Ontem, ele disse que está com a consciência tranquila. “Ainda vou rir muito de tudo isso”, afirmou Bruno.
Guarda
Na noite da última sexta (25), a polícia localizou o suposto filho do atleta com Eliza em uma casa em Contagem. Segundo a polícia, o bebê –de quatro meses– estava com familiares no sítio de Bruno, mas, na semana passada, foi levado à casa de uma amiga de Dayane Souza, mulher do goleiro.
Na noite de domingo (27), a Justiça de Minas concedeu autorização para que Luís Carlos Samudio, 43, avô materno, fique provisoriamente com a criança em Foz do Iguaçu (PR), onde mora.
De acordo com advogado da família da jovem, Jader Marques, o processo de reconhecimento da paternidade estava “avançado” e não havia outro motivo para que Eliza estivesse em Minas não fosse o de tratar do caso.
Eliza, que em outubro de 2009 registrou queixa acusando Bruno de ameaça e agressão, está sumida desde que contou a amigas que iria do Rio a MG a convite do jogador. A Polícia Civil de Contagem trabalha com a hipótese de a jovem ter sido morta no sítio de Bruno, em Esmeraldas, na Grande BH.
Folha.com