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Senador Valter rompe com André mas continua no PMDB

por Redacao
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O senador Valter Pereira (PMDB-MS) anunciou nesta quarta-feira (26) seu rompimento político com o governador do Mato Grosso do Sul, Andre Puccinelli, de seu partido. De acordo com o parlamentar, o governador rompeu com o compromisso de não interferir na escolha do candidato do PMDB ao Senado.

O único compromisso que exigi e que o governador apalavrou foi que a máquina pública não fosse aparelhada para influir no resultado. Sucedeu exatamente o contrário. A imparcialidade compromissada foi substituída por um ‘tratoraço’ descomunal. Um jogo tão pesado que, em menos de três semanas, inverteu a tendência e me venceu – afirmou o senador.

Valter Pereira, que perdeu a indicação para o deputado federal Waldemir Moka, disse que “há hoje generosas promessas” para recompensá-lo com uma vaga na disputa para deputado, mas não irá aceitá-las, por dois motivos:

Por entender que a oferenda é incapaz de pagar a dignidade e o respeito a quem acumulou 44 anos de fidelidade partidária e porque o mandato eletivo não se destina à compensação de quem nele se investe, mas ao interesse público que deve ficar acima de tais favores – afirmou o parlamentar, que assumiu a mandato com o falecimento do titular, senador Ramez Tebet (1936-2006).

Valter Pereira relatou da tribuna sua história no PMDB, partido no qual já foi tesoureiro, secretário, presidente regional, presidente estadual e líder do partido na assembleia de Mato Grosso e, posteriormente, na assembleia do Mato Grosso do Sul. Lembrou ter trazido de volta ao partido, em 1992, as lideranças do estado que haviam deixado o PMDB, entre eles Puccinelli e os ex-governadores Wilson Martins e Ramez Tebet.

Até por gratidão a quem o recebera de volta no PMDB depois de sua arrependida hospedagem no ninho dos tucanos, o governador teria que manter-se com isenção, acima da disputa e da suspeita – afirmou o parlamentar.

O senador disse ter ouvido vários colegas do partido sobre a situação, citando o presidente da Casa, senador José Sarney (AP), e os senadores Pedro Simon (RS), Jarbas Vasconcelos (PE) e o líder do partido, Renan Calheiros (AL).

Depois de numerosas avaliações, fixei-me na decisão de rescindir meus compromissos políticos com o governador, mas lutar para que o PMDB retome sua condição de grande fórum democrático – afirmou o parlamentar, que agradeceu a lealdade dos companheiros. 

Em aparte, foi apoiado pelo senador Jarbas Vasconcelos.

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