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Campanhas educativas e queimadas controladas são respostas para a combater incêndios no futuro, afirma secretário

por Redacao
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Mais de 2 milhões de hectares já queimaram no Pantanal. A estiagem e a baixa umidade relativa do ar em todo o estado não dão trégua e só acentuam a situação.

Para evitar problemas futuros a mensagem das autoridades é educação, conscientização e responsabilização. “Cada um precisa fazer sua parte”, afima o Tenente-coronel Fábio Catarinelli, coordenador da Defesa Civil do estado.

De acordo com o titular da Secretária de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO), Jaime Verruck, “não existem medidas preventivas para o momento em que nos encontramos”.

Com a deflagração da Operação Matáá da Polícia Federal na segunda-feira, 14, que mira a origem dos incêndios no Pantanal, fica cada vez mais evidente a ação humana como a principal causa.

Jaime Cerruck é categórico ao afirmar que a prevenção só pode ser feita com o apoio da população. “Daqui para a frente, o Imasul (Instituo de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) deve trabalhar com medidas educacionais para evitar as queimadas, uma delas é a popularização do mecanismo das queimadas controladas”, revela.

O secretário se refere a um subterfúgio que pode ser utilizado, com permissão do estado, para manejo de atividades agropastoris ou florestais e que tenham limites predeterminados. “Este ano apenas três produtores fizeram pedido para utilizar queimadas controladas”, revela.

No entanto, a alternativa está fora de cogitação no momento. Isso porque o governo do estado proibiu a prática por causa dos diversos focos fora de controle atualmente na região.

O Governador Reinaldo Azambuja diz que tudo é muito complexo nesse momento. “Uma simples fagulha em uma cháchara criou um incêndio que acabou uma mata inteira de eucaliptos de 100 hectares”, cita ele, em referência à mata que pegou fogo no domingo, 13, na saída para Três Lagoas.

O Tenente-coronel Fábio Catarineli, reforça a declaração dizendo que “não existem soluções simples para questões complexas. Apesar de mecanismos como as queimadas controladas e a educação, é preciso que as pessoas também evitem a prática, denunciem início de focos ilegais, só assim podemos evitar emergências como essas”.

“Incêndio florestal não tem fronteira. Às vezes ele atravessa da Bolívia para o Brasil, do MS para Mato Grosso, então temos que trabalhar em conjunto”, reforça o coordenador.

Meses de sofrimento

O estado de calamidade para a região pantaneira foi decretado em MS no dia 24 de julho e reconhecido pela União em 8 de agosto. Agora, a medida se estende para todo o estado. Só em setembro foram 1229 focos de incêndio, desde o começo do ano são 7669 hoje.

Na tarde desta quinta-feira, 15, o Governo Federal anunciou o envio de 3,8 milhões de reais para ajudar no combate às queimadas que destroem o bioma há pelo menos 3 meses.

Em entrevista coletiva na sede do Governo, o Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, diz que “o recurso permite agilidade no processo, sem necessidade de medidas burocráticas”.

O ministro alerta que isso que não quer dizer que esteja sobrando dinheiro nos cofres, mas “como o governador disse o Pantanal é um patrimônio da humanidade”.

Para que a intervenção fosse finalizada, foi necessário um plano conjunto entre a Defesa Civil do estado e nacionais. O secretário Nacional da Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, afirmou que as verbas serão importantes para a repor o maquinário desgastado pelo combate incessante desde julho. Com Correio do Estado

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